Com o lançamento do Agent Mode do ChatGPT, a OpenAI trouxe uma pergunta importante para o setor de turismo: será que a inteligência artificial vai substituir os agentes de viagens? A nova funcionalidade permite que o chatbot planeje itinerários personalizados, compre passagens, reserve hotéis e até navegue por sites automaticamente, tudo com base em comandos simples do usuário.
A proposta é inovadora: o ChatGPT se transforma em um assistente digital que entende as preferências do viajante, busca opções de voos e hospedagens, acessa contas com autorização, preenche formulários e conclui reservas. Ou seja, faz o trabalho que antes exigia múltiplas abas abertas e vários cliques.
Apesar da eficiência, o novo modo do ChatGPT não substitui o agente humano. O motivo está na natureza do serviço prestado: o ChatGPT é uma excelente ferramenta de apoio, mas o relacionamento humano e a sensibilidade na hora de entender o cliente ainda são insubstituíveis.
Na prática, o Agent Mode do ChatGPT deve se mostrar útil especialmente para as agências de viagens, e não como concorrente. A ferramenta pode automatizar tarefas como comparação de preços, preenchimento de planilhas, geração de conteúdo e pesquisa de dados — atividades que demandam tempo e processamento intensivo. Com isso, libera os profissionais para focar em planejamento estratégico, vendas consultivas e experiências personalizadas.
É preciso reforçar que a IA pode facilitar rotinas, otimizar processos e apoiar decisões, mas sempre sob supervisão humana. Com o uso contínuo, o sistema aprende preferências do usuário, como evitar voos noturnos ou priorizar hotéis sustentáveis, e personaliza cada vez mais as sugestões.
Por enquanto, o recurso está disponível apenas para assinantes pagos dos planos ChatGPT Plus, Team e Pro nos Estados Unidos. Ainda não há previsão de chegada ao Brasil ou à América Latina, mas a expectativa é de que o recurso se popularize nos próximos meses.
A novidade reforça uma tendência já visível no setor: o uso de inteligência artificial para potencializar o trabalho humano, e não para substituí-lo. Cabe às agências incorporarem essas tecnologias como aliadas em uma nova fase do Turismo, mais conectada, ágil e personalizada.