Turismo em SP apresenta queda de 6,8%, aponta FecomercioSP

Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), o Índice Mensal de Atividade Turística (IMAT) do estado apresentou uma queda de 6,8 pontos percentuais em janeiro, influenciado pelo surgimento da variante ômicron.

De acordo com o indicador do Conselho de Turismo da FecomercioSP, realizado em parceria com a SPTuris, o número-índice recuou para a marca de 80 após registrar 85,9 em dezembro. Em comparação com o ano passado, houve um crescimento de 36,6%.

Já o setor de companhias aéreas viu a queda de movimentação de aeroportos em 4,9% com relação a dezembro, apesar da alta de 36% no contraponto anual. Isso se deu pela redução de oferta, aumento de cancelamentos e falta de tripulação nos aeroportos.

Em contrapartida, a movimentação das rodoviárias cresceu em 9,5%, registrando um aumento para 1,2 milhão, 105 mil a mais que no mês de dezembro. Em comparação com janeiro de 2020, a alta registrada foi de 43%.

Além disso, a taxa de vínculos empregatícios do setor registrou leve queda de 0,3%, ficando abaixo dos 400 mil trabalhadores na capital paulista. Apesar do desempenho desfavorável, o patamar está praticamente igual a janeiro de 2020.

Por fim, o segmento que registrou pior performance foi o hoteleiro, com queda da taxa de ocupação de 58,9% em dezembro para 48,7% em janeiro. Em comparação com janeiro de 2021, houve uma alta de 17,3% – a taxa de ocupação residia em 31,4% no período.

O faturamento das empresas do setor também caiu, com uma baixa de 15,4% na comparação com dezembro. Atualmente, o índice se encontra em 75,1 pontos, 25% abaixo do período pré-pandemia. Por fim, na comparação interanual, foi apontado um aumento de 78% em razão da base fragilizada e das limitações dos setores no início do ano passado.

Recuperação estável

Segundo Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, é possível que a economia esteja se nivelando no trimestre, apresentando resultados com oscilações cada vez menos violentas.

“Estratégias de diversificação da demanda, incluindo mais alternativas para o turismo de lazer e novas opções para o turismo de negócios, podem trazer melhores resultados. Naturalmente, é fundamental que o otimismo não impeça o planejamento para efeitos negativos vinculados à inflação e à redução do poder de compra dos consumidores”, avalia.

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