Chicago (Illinois) – A Lusanova prepara uma nova fase em sua trajetória no Brasil. Tradicional no segmento de circuitos europeus, a operadora decidiu investir de forma mais contundente na diversificação de portfólio e agora direciona sua atenção para o mercado da América do Norte. A mudança estratégica foi reforçada durante a participação da empresa no IPW 2025, realizado em Chicago, marcando a segunda presença da marca na feira e a primeira do diretor comercial Sérgio Vianna, que retornou com perspectivas promissoras.
“A feira me surpreendeu pela organização, seriedade dos expositores e pelo genuíno interesse em ouvir o que temos a oferecer como operadora. Isso é raro em eventos internacionais. Viemos com a intenção clara de apresentar a nova fase da Lusanova, que hoje atua como uma operadora generalista”, destacou Vianna.
O movimento de expansão começou ainda durante a pandemia, com a criação de um departamento de produtos e aéreo no Brasil, além da internalização do sistema Infotravel. A tecnologia agora conecta dezenas de fornecedores internacionais, com mais de 300 mil opções de hotéis, além de serviços, ingressos para atrações como Broadway e parques temáticos, e tarifas aéreas operacionais. “Hoje, uma agência pode montar uma viagem inteira pelo nosso sistema, com total autonomia”, ressalta.
Estados Unidos como nova frente de expansão
Embora a empresa ainda não possua um market share expressivo nos Estados Unidos, os planos para o destino são ambiciosos. “Nosso objetivo é sair do lugar-comum. Os EUA são um país de infinitas possibilidades, e o brasileiro muitas vezes se limita a Nova York e Orlando. Queremos mudar isso com produtos diferenciados, que falem de gastronomia, vinhos, cultura e experiências temáticas”, revela.
Durante o IPW, o executivo participou de mais de 40 reuniões com destinos e fornecedores locais e antecipou que os primeiros produtos desse novo portfólio serão lançados ao mercado ainda no segundo semestre de 2025.
“Não são circuitos tradicionais. São produtos criados pela Lusanova, com nossa curadoria e padrão de qualidade, que os agentes de viagens já conhecem dos nossos circuitos europeus”, adianta, sem dar spoilers.
O plano inclui ainda uma série de treinamentos com destinos e parceiros, entre eles, Brand USA, Disney, Universal e operadores como a Properly World. “Queremos formar o agente de viagens para esse novo olhar sobre os EUA. O Brasil já é o terceiro maior mercado de origem para destinos como Orlando, e há espaço para crescer em segmentos que ainda não foram explorados com profundidade pelo trade”, afirma.
Canadá também entra no radar
Paralelamente, a Lusanova também amplia seus investimentos no Canadá, destino que, segundo Vianna, já vende mais do que os Estados Unidos dentro da empresa. A iniciativa conta com suporte do DMC local e parcerias institucionais com o governo canadense.
“Estamos desenvolvendo novos produtos e investindo em divulgação para tornar o destino mais conhecido, aproveitando o apelo crescente do país entre os brasileiros que buscam experiências diferentes”, destaca.
A atuação simultânea nos dois países permite à operadora explorar o potencial completo da América do Norte, oferecendo produtos customizados e com o padrão de confiabilidade da marca. “A Lusanova tem 66 anos de história e é conhecida por sua responsabilidade, seriedade e valor agregado. Esses atributos agora serão aplicados aos EUA e Canadá”, reforça.
Crescimento sustentável e estratégia sem ruptura
Apesar da entrada em novos mercados, a operadora mantém sua base sólida nos circuitos europeus. Segundo Vianna, os investimentos no principal produto da empresa continuam e os números seguem em crescimento.
“Em 2023, superamos o faturamento de 2019. Em 2024, crescemos mais, e 2025 deve consolidar mais um degrau nessa escada. Tudo isso com o mesmo quadro de funcionários do pré-pandemia, o que mostra a eficiência e consistência da operação”, explica.
Nos cinco primeiros meses de 2025, a operadora identificou estabilidade e desempenho positivo, mesmo diante de um mercado brasileiro volátil. “O Brasil não é para amadores. Cada semana traz uma novidade, e nossa resposta é manter a responsabilidade e o foco no valor agregado. Vendemos experiência, não preço. Isso precisa ser valorizado”, enfatiza.
Vianna conclui com uma frase que reflete a filosofia da Lusanova: “Vender muito não significa vender bem. O que importa é o que sobra no final. O que sustenta uma empresa é a margem, é a qualidade do serviço, é o relacionamento. E é isso que a gente quer entregar nos Estados Unidos também”.
O Brasilturis participa do IPW 2025 a convite do Brand USA, apoio da Copa Airlines e da Mundi Executive Transport e proteção Affinity Seguro Viagem