São Paulo (SP) – A Embratur já apresentou o Plano Brasis turismo em 11 estados brasileiros, incluindo São Paulo nesta segunda (21)e pretende concluir a entrega do projeto em todas as 27 unidades federativas até 2026, segundo informou Marcelo Freixo, presidente da agência. A iniciativa, que leva em conta as particularidades regionais, está sendo adaptada individualmente para cada território, com ações práticas já em curso em diversas localidades.
“Cada estado exige uma estratégia própria, e até dentro de um mesmo estado, como São Paulo ou Rio de Janeiro, há realidades distintas. Por isso, o plano é construído e ajustado para cada localidade”, explicou Freixo. A previsão é de que todos os estados tenham recebido o plano até o encerramento da atual gestão, em dezembro de 2026.
O projeto tem validade até 2027, mas foi concebido com mecanismos de acompanhamento e avaliação constantes, permitindo ajustes de acordo com o desempenho de cada estado. “É um plano para gerar resultados reais, não para servir apenas como peça institucional. Nosso objetivo é colocar o turismo na prateleira mais visível das políticas públicas, como vetor de desenvolvimento, emprego e renda”, afirmou.
Freixo também destacou a importância da parceria com o Sebrae, fundamental para alcançar micro e pequenos empreendedores em todo o país. “Todas as nossas ações internacionais em feiras são feitas em conjunto com o Sebrae. É essa capilaridade que permite chegar à base da cadeia produtiva do turismo, onde muitas vezes o poder público não alcança sozinho”, reforçou.
Crescimento do turismo internacional
Os dados do turismo internacional também são positivos. Até junho de 2025, o Brasil já recebeu 5,3 milhões de turistas estrangeiros, e a Embratur projeta novo recorde anual, superando os 6,7 milhões de visitantes registrados em 2023 — até então o melhor resultado da série histórica. A receita do turismo internacional também segue em alta, ultrapassando os valores de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil.
Entre os fatores que contribuíram para esse desempenho estão a melhoria na qualidade da promoção internacional do Brasil, o uso mais inteligente de dados para direcionar campanhas por mercado e o aumento de 18% na malha aérea em 2024, bem acima da média global de 10%.
“A conectividade aérea é um fator decisivo para um país com dimensão continental como o Brasil. A chegada de novas companhias e a ampliação de voos, tanto nacionais quanto internacionais, foi essencial para facilitar o fluxo de visitantes”, explicou o presidente da Embratur. Ele também citou a conjuntura global, com instabilidades em destinos tradicionais, como oportunidade para o Brasil se destacar como país acolhedor e seguro para o turismo.