O programa Voa Brasil, criado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), completou um ano com um total de 45 mil reservas de passagens aéreas realizadas por aposentados do INSS, beneficiando brasileiros que não haviam viajado de avião nos últimos 12 meses. Segundo o governo, esse volume seria suficiente para ocupar mais de 344 aeronaves, em rotas que movimentaram 87 aeroportos de todos os estados do país.
A iniciativa, que é considerada o primeiro programa de inserção social na aviação brasileira, foi conduzida pela Secretaria Nacional de Aviação Civil em parceria com companhias aéreas comerciais, responsáveis por oferecer bilhetes ociosos, durante períodos de baixa demanda, pelo valor máximo de R$ 200 por trecho, por meio do portal gov.br.
Segundo Tomé Franca, ministro em exercício e secretário de Aviação Civil, o programa teve impacto significativo. “O Voa Brasil resgata a autoestima do aposentado, dá a possibilidade de fazer uma primeira viagem de avião ou mesmo de rever parentes que não via há anos”, afirmou. Para ele, o projeto democratiza o acesso ao transporte aéreo e ajuda a dinamizar o setor.
Entre os destinos mais buscados pelos participantes do programa nos últimos 12 meses, São Paulo lidera com 12.771 passageiros embarcados, seguida por Rio de Janeiro (3.673), Recife (3.509), Brasília (3.000) e Fortaleza (2.843). Também se destacam as capitais Salvador, João Pessoa, Maceió, Belo Horizonte e Natal.
As regiões Sudeste e Nordeste concentram juntas 83% das reservas, sendo 43% e 40% do total, respectivamente. O Centro-Oeste aparece com 8%, o Sul com 5% e o Norte com 3%. Ao todo, foram utilizados 510 trechos diferentes, com destaque para os voos ligando São Paulo a cidades do Nordeste, como Recife, Salvador, Maceió, Fortaleza e João Pessoa.
Os trechos variam desde voos curtos, como a ponte aérea Rio-São Paulo ou Salvador-Porto Seguro, até rotas de longa distância, como Porto Alegre-Recife ou São Paulo-Fernando de Noronha, com duração superior a quatro horas.
Para Franca, o sucesso do Voa Brasil reforça a importância de políticas públicas voltadas à inclusão no setor aéreo. “A aviação tem que ser para todos. E isso só é possível com programas estruturados, com metas sociais e diálogo com o mercado”, concluiu.