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Latam e Delta consolidam JV com 40% de market share entre Brasil e EUA

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Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam, e Ricardo de Oliveira, gerente de Vendas da Delta Air Lines no Brasil. Crédito: Felipe Lima/Brasilturis
Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam, e Ricardo de Oliveira, gerente de Vendas da Delta Air Lines no Brasil. Crédito: Felipe Lima/Brasilturis

São Paulo (SP) – Durante o evento Insights, realizado no Palácio Tangará (SP), Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, e Ricardo de Oliveira, gerente de Vendas da Delta no Brasil, compartilharam bastidores da evolução da joint venture (JV) entre as duas companhias aéreas, que completa três anos com resultados expressivos: 88% de aumento na oferta combinada de assentos, quase 15 milhões de passageiros transportados e 40% de participação de mercado nas rotas Brasil–Estados Unidos.

Aline lembrou que o voo São Paulo–Los Angeles, lançado em 2023, representou um divisor de águas para a parceria. “Todos sempre olharam Los Angeles como destino final, mas nós enxergamos o aeroporto também como um ponto estratégico de conexão para a Costa Oeste e a Ásia. A rota deu certo porque foi pensada com esse olhar conjunto, aproveitando o ‘feeding’ da Delta’”, destacou.

O sucesso da operação se apoia em uma malha que, hoje, soma 28 rotas diretas entre América do Sul e América do Norte, sendo quatro delas partindo do Brasil: São Paulo–Los Angeles, Rio–Atlanta, Rio–Nova York (sazonal) e a segunda frequência São Paulo–Atlanta.

Oliveira enfatizou que a integração comercial entre as equipes é um dos grandes diferenciais da JV. “Nós somos vendedores, estamos no campo com as agências, e o desafio foi criar um modelo unificado de atuação. Estruturamos dois formatos: o modelo integration, com atendimento direto dos executivos de conta da Delta, e o delegated, atendido pelos da Latam. Ambos seguem contratos e metas conjuntas, com os mesmos incentivos. Hoje, doze agências já fazem parte do programa e respondem por cerca de 40% do market share Brasil–EUA”, explicou.

Aline reforçou que a integração total do produto é prioridade: “Nosso cliente não deve sentir diferença entre comprar um voo da Delta ou da Latam. Trabalhamos para que a experiência, as condições comerciais e o reconhecimento sejam únicos. A segunda meta é eficiência para alinhar recursos e processos para que não haja sobreposição e a terceira é crescimento sustentável, entregando valor ao cliente e fortalecendo nossa presença no mercado.”

O mercado corporativo tem papel central nessa estratégia. Segundo Oliveira, ele representa a maior fonte de receita da JV, com 182 contratos globais ativos. “O passageiro corporativo é nosso foco principal. Ele tem o ticket médio mais alto e exige produtos à altura. Nosso trabalho é garantir que essa experiência seja premium, consistente e adaptada às políticas das empresas”, afirmou.

Aline acrescentou que o público executivo orienta parte dos novos investimentos da Latam. “Estamos implantando internet em toda a frota widebody e reformulando a cabine Premium Business, que terá mais privacidade. Além disso, lançaremos a Premium Comfort, classe intermediária inspirada no modelo da Delta, voltada a viajantes que buscam mais conforto, mas com custo menor que o da executiva”, explicou.

A integração também avança em novas rotas e hubs. Oliveira anunciou o Lima–Salt Lake City, com início em 4 de dezembro, que reforça o papel do hub peruano como porta de entrada para o turismo de inverno na América do Norte. “Já temos grupos de jornalistas e operadores confirmados para Park City, um dos melhores destinos de esqui do mundo. É um produto que amplia nossa presença e diversifica a oferta da JV”, afirmou.

Questionada sobre o futuro da aliança, Aline foi categórica: “Chegamos ao ponto em que somos nós que ditamos as metas. O Brasil é hoje o país com maior avanço dentro da JV, e isso nos dá liberdade para definir nossos próximos passos.”

Oliveira completou: “Três anos atrás começamos com um playbook e muitas dúvidas. Hoje, nos enxergamos como uma só empresa. A Latam é fundamental para o sucesso da Delta no Brasil e, juntos, já nos tornamos a escolha preferida do passageiro brasileiro e sul-americano nas viagens entre os dois países.”

ESG na prática marca debates da Expo Abla 2025 com exemplos de ações concretas

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ESG Expo Abla
Douglas Bonfim, Elen Ribeiro, Luciano Miranda e Leonardo Soares. Foto: Rafael Destro/Brasilturis

São Paulo (SP) – A Expo Abla 2025, que acontece nos dias 29 e 30 de outubro, no São Paulo Expo, trouxe para o centro das discussões a importância da aplicação prática do ESG no setor de locação. O painel “ESG na prática: casos reais no setor de locação”, mediado por Leonardo Soares, coordenador-geral da UniAbla e diretor executivo do Sindlog-MG, reuniu Luciano Miranda, CEO do Grupo EMTEL; Elen Ribeiro, gerente de Qualidade e Recursos Humanos na Rondave; e Douglas Bonfim, CEO do Grupo OBDI, para compartilhar experiências e desafios em sustentabilidade, governança e responsabilidade social.

Miranda apresentou ações simples, mas efetivas, que sua empresa vem implementando. Ele destacou o treinamento de colaboradores para realizar lavagem a seco dos veículos, reduzindo o consumo de água de 250 litros por carro para quase zero. “A gente treina o funcionário para entender o impacto do que está fazendo. Ele tem consciência de que aquilo que ele está fazendo impacta”, explicou. O executivo reforçou que pequenas mudanças culturais, quando bem estruturadas, geram resultados significativos no longo prazo.

Elen Ribeiro destacou a importância de certificações e processos internos que comprovam o comprometimento ambiental da empresa. “Nós ganhamos vários contratos porque tínhamos o diferencial de ter a ISO 14001. Nossa operação interna tem uma redução muito grande de manutenção, óleo e poluentes, e isso faz toda a diferença”, afirmou. A executiva ressaltou que as práticas ESG não apenas reduzem custos, mas também agregam valor comercial e fortalecem a imagem da marca perante o mercado.

Por sua vez, Bonfim trouxe uma reflexão sobre o papel coletivo do setor na sustentabilidade, citando o problema do descarte inadequado de pneus como um desafio urgente. “É difícil encontrar destinos corretos para pneus. O setor precisa se organizar e pensar nisso como uma ação conjunta, criando canais de logística reversa”, alertou. Ele estimou que mais de 6 milhões de pneus são descartados por ano pelos associados da Abla, defendendo a criação de soluções conjuntas entre empresas e entidades.

Encerrando o debate, Leonardo Soares destacou que o objetivo do painel foi justamente mostrar como o ESG pode ser aplicado em qualquer porte de empresa. “O olhar não precisa estar apenas nos grandes relatórios. O mais importante é a cultura interna, o que se faz da porta para dentro”, concluiu.

Gatzz celebra o Natal em Gramado com o espetáculo “Simplesmente Natal”

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Gatzz aposta no espetáculo “Simplesmente Natal” para celebrar temporada em Gramado
Gatzz aposta no espetáculo “Simplesmente Natal” para celebrar temporada em Gramado. Crédito: Divulgação

O Gatzz Fondue & Show, referência em unir gastronomia e entretenimento em Gramado (RS), dá início à sua temporada natalina com o espetáculo “Simplesmente Natal”, uma produção que promete encantar moradores e turistas com música, teatro, dança e acrobacias. As apresentações começaram em 23 de outubro e seguem durante todo o período de festas, reforçando o clima mágico que transforma a cidade na Serra Gaúcha em um dos destinos mais procurados do país nesta época do ano.

O show, criado especialmente para o Natal, resgata o charme dos grandes espetáculos internacionais, com uma estética inspirada em produções da Broadway. No palco, a carismática Madame Kaká, personagem já conhecida do público do Gatzz, convida o Papai Noel para celebrar a data em uma apresentação que combina humor, emoção e performances cênicas de alto nível. O resultado é uma experiência que vai além do entretenimento, mergulhando o espectador no verdadeiro espírito natalino.

As apresentações acontecem todas as quintas e sábados, às 19h, com sessões extras às 21h30 em datas especiais. Durante o espetáculo, os visitantes desfrutam do tradicional serviço de fondue à mesa, um dos diferenciais da casa, que integra a gastronomia ao enredo de forma harmônica. O cardápio inclui as tradicionais etapas de queijo, carne e chocolate, acompanhadas de uma trilha sonora envolvente e performances ao vivo.

Latam e Delta colocam pessoas e dados no centro da experiência premium

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Ricardo de Oliveira, gerente de Vendas da Delta no Brasil; André Pazin, gerente sênior de Inteligência e Estratégia de Clientes da Latam; e Mauricio Parise, vice-presidente de Experiência do Cliente da Delta. Crédito: Felipe Lima/Brasilturis
Ricardo de Oliveira, gerente de Vendas da Delta no Brasil; André Pazin, gerente sênior de Inteligência e Estratégia de Clientes da Latam; e Mauricio Parise, vice-presidente de Experiência do Cliente da Delta. Crédito: Felipe Lima/Brasilturis

São Paulo (SP) – No painel “Experiência do Cliente” do evento Insights, em São Paulo, Mauricio Parise, vice-presidente de Experiência do Cliente da Delta, e André Pazin, gerente sênior de Inteligência e Estratégia de Clientes da Latam, detalharam como a joint venture vem elevando a satisfação do passageiro com uma combinação de obsessão por serviço, decisões guiadas por dados e integração operacional diária. A mediação foi de Ricardo de Oliveira, gerente nacional de Vendas da Delta no Brasil.

Parise abriu lembrando seus 28 anos de casa e a evolução anual percebida nos três encontros do Insights: “Nosso mantra é listen, act, listen. Se vocês não notarem um passo à frente a cada edição, não fizemos o nosso trabalho.” Ele reforçou que a parceria com a Latam “é casamento, não um simples codeshare” e que o objetivo é que o cliente sinta uma jornada única, ainda que os produtos não sejam idênticos.

Ao destrinchar os vetores de NPS, Parise destacou que cerca de 25% da percepção vem de “entregar o básico”: sair e chegar no horário e cuidar da bagagem. Por isso, a Delta substituiu a métrica de pontualidade A14 pela A0 (“atraso de 14 minutos ainda é atraso”). Outro 25% do NPS, segundo ele, nasce da interação humana: “Oito em cada dez elogios são histórias de alguém que fez algo além.” Para ampliar essa personalização, a aérea vem aplicando IA para transformar dados não estruturados em insights acionáveis no dispositivo da tripulação, tanto no “céu azul” (experiência sem contratempos) quanto no “céu cinza” (recuperação após irregularidades). Parise citou ainda a conectividade como base da conversa a bordo: Wi-Fi gratuito e integração com as telas dos assentos já em 350 aeronaves, além de aprimoramentos contínuos em culinária, amenities (parceria com Missoni) e privacidade nas cabines executivas.

Pazin contou que a JV revelou um forte encaixe cultural e acelerou a “obsessão” pelo segmento premium dentro da Latam. “A premium economy doméstica, que hoje é nosso produto de maior receita por assento, seria impensável antes”, disse. Segundo ele, as equipes se falam diariamente — não só para questões operacionais, mas para desenho de produto, buscando consistência de ponta a ponta. Entre os avanços, citou a expansão de oferta premium: Premium Comfort nos widebodies a partir de 2027, premium economy flexível nos narrowbodies (com cortina ajustável conforme demanda) e Embraer com cabine premium.

Na camada “soft”, a Latam lançou um novo serviço na Business com cerimônia de refeição em três tempos (ou versão expresso), amenity kit e enxoval redesenhados, além de pré-seleção de pratos na executiva de longa distância. Em solo, a companhia implantou tecnologia que identifica o agente que atendeu o passageiro (check-in/embarque) para treinar melhor quem performa em cada situação. A bordo, dispositivos como o Nimbus mostram histórico e preferências (status Latam/Delta, aniversários, reacomodações), permitindo mensagens e gestos mais precisos da tripulação.

Sobre reconhecimento, Parise relatou práticas que geram memória de marca — de saudações a Million Milers a interações da tripulação que reconhecem clientes Latam em voos Delta graças ao intercâmbio de dados exclusivo da JV. Ele também antecipou projetos de proteção de conexões com modelos que calculam a probabilidade de o passageiro chegar ao portão e autorizam segurar o voo quando fizer sentido operacional, reduzindo o “gap” de NPS no céu cinza.

O corporativo aparece como prioridade explícita dos dois lados. Pazin explicou que algoritmos e rotinas dão tratamento preferencial a clientes de contratos: assentos mais à frente, abordagem da tripulação prioritária, recovery proativo após disrupções e reconhecimento do nome da empresa no device do comissário. Parise reforçou o Corporate Priority como norte e lembrou que a expectativa desse público “só cresce; quanto mais entregamos, mais se espera”.

Para o próximo ciclo, Pazin resumiu a ambição em duas palavras: consistência e coerência. Exemplos já em teste incluem acesso recíproco a signature check-ins (Santiago, Atlanta, Nova York) e integração de special services e serviço pós-disrupção com ligações de desculpas e reacomodação a clientes de alto valor. Parise concluiu com a filosofia de “insatisfação produtiva”: “Quando dizemos que ainda dá para melhorar, é porque estamos mirando os próximos 100 anos da parceria.”

HSMAI Strategy Conference 2025 abre inscrições e amplia formato híbrido

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HSMAI Strategy Conference 2024 Crédito: Divulgação
HSMAI Strategy Conference 2024 Crédito: Divulgação

A 12ª edição da HSMAI Strategy Conference, evento de estratégia e gestão da hotelaria nacional, está com inscrições abertas em seu site oficial. O encontro, promovido pela HSMAI Brasil, acontecerá em 19 de novembro, das 8h30 às 13h, no eSuites Transamerica Congonhas, em São Paulo (SP). Este ano, o evento contará também com transmissão online ao vivo, permitindo a participação de profissionais de todo o país.

A conferência reunirá líderes e especialistas do setor para debater as principais tendências de 2026, com foco nas mudanças trazidas pela inteligência artificial, inovação em hospitalidade e estratégias de revenue e e-commerce.

“A HSMAI Strategy Conference se consolida como um espaço essencial para troca de conhecimento e colaboração entre líderes do setor hoteleiro. É onde ideias inovadoras ganham forma e estratégias são aprimoradas para impulsionar o desempenho das empresas diante dos novos cenários de 2026”, destaca Gabriela Otto, presidente da HSMAI Brasil e Latam.

Entre os destaques da programação estão a palestra “Cenário macro e Hotelaria: Back Office da Economia e Insights Setoriais”, com Giovana Menegotto (UFRGS); “E-commerce é o novo lobby: onde começa a hospitalidade?”, com Humberto Favari (Atlantica Hospitality International); e “Hospitalidade digital: como usar IA e automações sem perder o toque humano”, com Thais Nascimento (Spafaz/WPP).

Dois painéis completam a agenda: “Da tarifa à parceria: o novo jogo das Negociações Corporativas”, com representantes da Rede Windsor, Wyndham Hotels & Resorts e Roche; e “A Era da Hospitalidade Inteligente”, com Gustavo Henrique Kronemberger, Ricardo Souza e mediação de Renata Carreira (Host Hotel Systems).

Durante o evento, serão anunciados os vencedores do HSMAI Awards 2025, que reconhece os cases mais relevantes de Marketing Digital e Revenue Management da hotelaria nacional. As inscrições seguem abertas até 14 de novembro no site oficial da associação.

Economista da Fiesp aponta desafios fiscais e prevê início da queda de juros no primeiro semestre de 26

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Expo Abla fiesp
Rocha prevê redução da taxa Selic, mas situação fiscal do pais preocupa. Foto: Rafael Destro/Brasilturis

São Paulo (SP) – A Expo Abla 2025, que acontece nos dias 29 e 30 de outubro, no São Paulo Expo, recebeu Igor Rocha, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para apresentar o painel “Conjuntura Econômica no Brasil: desafios domésticos e o contexto internacional”. O especialista traçou um panorama detalhado da economia nacional e das perspectivas para 2026, analisando fatores como emprego, inflação, política monetária e o impacto do cenário global, especialmente dos Estados Unidos, sobre o Brasil.

Rocha destacou a recuperação do mercado de trabalho e a tendência de formalização dos empregos. Segundo ele, o aumento da massa salarial e a queda do desemprego têm impulsionado o poder de compra das famílias, mas também geram novos desafios para o Banco Central. “O rendimento real do trabalho está muito alto, o que foi um dos principais desafios para a autoridade monetária desacelerar a economia”, explicou.

Igor Rocha durante apresentação no Expo Abla 2025. Foto: Rafael Destro/Brasilturis

O economista ressaltou ainda que, embora o setor industrial tenha puxado o crescimento em 2024, a projeção para 2025 é de estabilidade. A indústria de transformação e os bens intermediários mantêm desempenho positivo, mas segmentos ligados a bens de capital enfrentam incertezas devido às tensões comerciais com os Estados Unidos, que afetam especialmente as exportações de máquinas agrícolas.

Inflação sob controle e expectativa de juros mais baixos em 2026

Rocha observou que a inflação vem em trajetória de queda, especialmente nos alimentos, o que reforça a popularidade do governo e o poder de consumo das classes mais baixas. “Nada corrói mais a popularidade de um governo do que a inflação”, destacou, lembrando que, embora os preços permaneçam elevados, o país conseguiu evitar uma recessão.

Em relação à taxa Selic, o economista da Fiesp indicou que a expectativa é de redução no primeiro semestre de 2026, com possibilidade de antecipação caso o cenário de juros futuros continue favorável. “Qualquer economia com juros como os do Brasil entraria em recessão, mas o país mostra uma resiliência impressionante”, pontuou.

Contudo, o alerta ficou para as contas públicas, que seguem pressionadas. A dívida tem crescido desde 2022, e a situação fiscal preocupa o especialista. “A dívida pública está puxando muito o custo da economia. É um problema estrutural que deve permanecer até 2027”, afirmou.

Rocha encerrou sua apresentação destacando a valorização do real, considerada uma das mais fortes entre as moedas emergentes, o que contribuiu para conter a inflação, mas prejudica as exportações. Para ele, o desafio do Brasil será equilibrar o câmbio favorável aos viajantes e importadores com a competitividade da indústria nacional.

Iata e Alta criticam projeto de lei que obriga despacho gratuito de bagagens no Brasil

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Iata e Alta classificam Projeto de Lei como retrocesso histórico que ameaça a conectividade aérea e encarece as passagens. Crédito: Freepik
Iata e Alta classificam Projeto de Lei como retrocesso histórico que ameaça a conectividade aérea e encarece as passagens. Crédito: Freepik

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) manifestaram forte oposição ao Projeto de Lei nº 5.041/2025, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. O texto prevê a obrigatoriedade do despacho gratuito de bagagens e impõe novas restrições às práticas comerciais das companhias aéreas. Para as entidades, a medida é um “retrocesso histórico” que ameaça a competitividade do setor, aumenta custos operacionais e pode restringir o acesso do brasileiro ao transporte aéreo.

Se sancionada, a lei passará a valer para voos domésticos e internacionais com origem ou destino no Brasil, impondo regras rígidas sobre preços e serviços. Na avaliação das associações, as mudanças ferem acordos bilaterais internacionais que garantem liberdade tarifária e poderiam colocar o país em situação de não conformidade diante de tratados globais.

“Este projeto de lei faz o Brasil retroceder em um momento em que a aviação deveria estar ajudando a impulsionar o crescimento econômico e a integração regional do país. Ao reintroduzir regras desatualizadas e uniformes sobre bagagem e assentos, a proposta corre o risco de limitar a concorrência e o acesso a tarifas acessíveis e, em última análise, prejudicar os próprios consumidores que pretende proteger. É como ir ao cinema e ser forçado a pagar pela pipoca como parte do seu ingresso”, afirmou Peter Cerdá, vice-presidente regional da Iata para as Américas e diretor-executivo e CEO da Alta.

Impactos econômicos e operacionais

Na última década, a liberalização tarifária e os modelos de negócios competitivos permitiram que o transporte aéreo brasileiro democratizasse o acesso às viagens, ampliando a conectividade regional e fortalecendo o turismo e o comércio. O projeto de lei, segundo as associações, reverte avanços conquistados e poderá impactar negativamente rotas regionais e companhias de baixo custo, pilares do crescimento recente da aviação no país.

Entre as novas exigências previstas estão:

  • despacho gratuito de uma bagagem de até 23 kg em todos os voos;

  • bagagem de mão gratuita de até 12 kg, independentemente do tipo de aeronave;

  • proibição de cobrança por assentos padrão;

  • vedação ao cancelamento automático de bilhetes de retorno quando o passageiro perder o voo de ida;

  • e assentos adicionais gratuitos para passageiros com necessidades especiais.

De acordo com a Iata e a Alta, essas regras implicam custos operacionais adicionais significativos, que tendem a ser repassados aos consumidores na forma de passagens mais caras, além de reduzir frequências e a rentabilidade de rotas regionais. “A medida compromete a viabilidade de muitas rotas e companhias aéreas, especialmente aquelas que servem cidades menores e destinos regionais. Em vez de promover o bem-estar do consumidor, corre-se o risco de isolar comunidades e reduzir a conectividade que é essencial para o desenvolvimento do Brasil”, reforça Cerdá.

Apelo ao Senado e à racionalidade econômica

As associações alertam que, como maior mercado aéreo da América Latina, o Brasil pode sofrer efeitos em cascata caso a medida seja sancionada, desestimulando investimentos e enfraquecendo sua atratividade como hub regional. “Este projeto de lei envia uma mensagem errada aos investidores e parceiros internacionais. A América Latina precisa de estabilidade regulatória e competitividade para crescer, e medidas como esta apenas adicionam custos, reduzem a eficiência e desencorajam novas conectividades em um contexto no qual deveríamos expandi-las”, destacou o executivo da Iata.

Em nota conjunta, as entidades pedem ao Senado Federal que reavalie o projeto e promova um diálogo equilibrado com o setor para garantir a proteção do consumidor sem comprometer a sustentabilidade econômica da aviação.

“Apelamos aos legisladores para que priorizem o que realmente beneficia os passageiros — conectividade aérea acessível, segura e sustentável. Uma legislação restritiva que aumenta os custos prejudicará a todos: passageiros, comunidades e a economia em geral”, afirmaram as organizações.

Em 2023, o transporte aéreo brasileiro gerou 1,9 milhão de empregos e movimentou US$ 46,4 bilhões, representando 2,1% do PIB nacional. No entanto, Iata e Alta alertam que o crescimento de 9,2% nas rotas domésticas e 17,7% nas internacionais registrado em 2025 pode ser comprometido caso o projeto avance sem ajustes, revertendo uma trajetória de expansão e acessibilidade construída ao longo dos últimos anos.

Expo Abla reforça papel do setor de locação e abre debates sobre futuro das montadoras

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Expo Abla montadoras
Marco Aurélio Nazaré, presidente e Francine Evelyn, diretora executiva, ambos da Abla. Foto: Rafael Destro/Brasilturis

São Paulo (SP) – A Expo Abla 2025 teve início na quarta-feira (29) e encerra nesta quinta-feira (30), no São Paulo Expo, consolidando-se como um dos principais eventos do setor de locação de veículos na América Latina. Marco Aurélio Nazaré, presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), abriu as apresentações do segundo dia destacando o esforço coletivo que permitiu à entidade alcançar o atual patamar.

“Quero agradecer ao conselho gestor da Abla, aos diretores regionais, ao conselho fiscal, que nos confiou a realização desse evento do porte que conseguimos atingir”, disse Nazaré. O presidente enfatizou que o êxito da associação se deve à delegação responsável e ao comprometimento de sua equipe executiva. “Nós dirigentes da Abla estamos de passagem. Nós não somos donos da entidade. Nós estamos aqui representando o negócio de aluguel de carros, e é o time executivo que dá continuidade a esse trabalho”, completou.

O presidente ressaltou ainda o papel da Expo Abla como catalisador de negócios e relacionamentos no setor. “Eu tenho ouvido de expositores sobre a conversão em negócios, o quanto está acima do que esperavam. Temos mais de 700 locadoras presentes no evento, e é isso que gera oportunidade”, destacou.

Francine Evelyn, diretora executiva da entidade, também reforçou a importância da aproximação dos associados com o trabalho da Abla. “A gente gosta de quem questiona, porque é a oportunidade que temos de mostrar o trabalho que é feito. Perguntem, se envolvam com os assuntos da Abla, porque associado bom é o que utiliza os benefícios e o trabalho que a gente desenvolve ao longo do ano”, afirmou. Ela ainda anunciou a isenção da taxa de adesão para novas locadoras durante o evento, incentivando o fortalecimento da rede de associados.

Painel “Visão da Indústria”: montadoras projetam 2026 com tecnologia e sustentabilidade

Fábio Meira, Bianca Santos, Alexandre Oliveira e Milad Kalume. Foto: Rafael Destro/Brasilturis

Na sequência da programação, o painel “Visão da Indústria: O que esperar das montadoras em 2026”, mediado por Milad Kalume, diretor executivo da Klume Consultoria Automobilística, reuniu Bianca Santos, head de Parcerias Estratégicas e Vendas Corporativas da BYD Brasil, Alexandre Oliveira, diretor sênior de Vendas e Desenvolvimento de concessionárias da GWM e Fábio Meira, vice-presidente de Vendas Diretas da Stellantis para debater os rumos da indústria automobilística e o impacto das novas tecnologias no mercado de locação.

Entre os temas discutidos, estiveram a consolidação dos veículos elétricos no país, a importância da tropicalização dos modelos para o mercado brasileiro e o investimento em infraestrutura de recarga. Bianca destacou o avanço da entrada da BYD no Brasil, com foco em segurança e conectividade, enquanto Oliveira ressaltou a criação de um ecossistema completo de mobilidade elétrica. Já a Fábio abordou a estratégia de adaptação ao comportamento do consumidor e à evolução das tecnologias híbridas.

O painel evidenciou que o futuro do setor passa pela combinação entre sustentabilidade, inovação e competitividade, fatores que também impactam diretamente o mercado de locação e a experiência dos consumidores.

Carlos Völker é novo Sous Chef Executivo do Grand Hyatt Rio de Janeiro

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Grand Hyatt
Com passagens pela França e Espanha, chef reforça foco em inovação e excelência gastronômica. Crédito: Divulgação/Grand Hyatt

O Grand Hyatt Rio de Janeiro tem um novo Sous Chef Executivo. Trata-se de Carlos Völker, prata da casa, que desde 2016 integra a equipe de gastronomia do hotel. O profissional chegou ainda na pré-abertura, ingressando como cozinheiro do Cantô Gastrô & Lounge. Foi chef de partie de 2016 a 2020, chegando a sous chef e, posteriormente, chef de banquetes.

Como Sous Chef Executivo, Völker passa a gerenciar a equipe de chefs de cozinha, torna-se responsável pela elaboração e validação de cardápios propostos para os restaurantes, pelo desenvolvimento de equipes de cozinha, além de controlar e validar dados referente às fichas técnicas, gerenciar o time de nutrição e stewarding, entregar dados e informações de auditoria e demais responsabilidades administrativas do setor de A&B.

O chef acredita que, ao garantir o máximo rigor em todos os controles de qualidade inerentes à operação do hotel, a experiência gastronômica do Grand Hyatt Rio de Janeiro torna-se memorável e um diferencial competitivo. “Meu foco é, com uma gestão estratégica, inovadora e sustentável, guiar o time, que é extremamente talentoso, oferecendo o suporte necessário para que o potencial de cada membro da equipe se consolide, o que eleva continuamente a excelência dos nossos serviços”, conta Völker.

“Após anos trabalhando juntos e dividindo as panelas, tenho plena confiança de que as cozinhas do Grand Hyatt Rio de Janeiro estão em mãos competentes e talentosas, afirma Raphael Hoelz, diretor do Departamento de Operações do hotel, em sua passagem de bastão.

“Carlos Volker assume o desafio diário de liderar uma grande operação que preza por excelência e hospitalidade”, continua Hoelz. “Nossos serviços de Alimentos e Bebidas seguem muito bem assistidos, o que nos enche de orgulho e tranquilidade, considerando o trabalho que ele desenvolve todos os dias”, completa o executivo.

Jornada profissional

Nascido em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, Carlos Völker formou-se no Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu, São Paulo, e se especializou em técnicas culinárias de vanguarda na Basque Culinary Center, na Espanha.

Fez estágios na França, onde passou pelo Le Moulin L’Abbaye, que atualmente tem uma estrela Michelin, e no Michel & Sébastien Bras, três estrelas Michelin. Atuou também como subchefe na inauguração da Cervejaria Bohemia, onde permaneceu até 2015. Neste mesmo ano, Völker decidiu ir para a Espanha dar continuidade aos seus estudos, se especializando em técnicas culinárias de vanguarda na Basque Culinary Center.

Pullman São Paulo promove trocas estratégicas em suas gerências gerais

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Hotéis Pullman de São Paulo anunciam movimentações estratégicas entre Gerentes Gerais
Jarves Rockenbach, Luciana Nakamura e Ronei Borba. Crédito: Divulgação

A rede Pullman Hotels & Resorts, marca premium do grupo Accor, anunciou uma série de movimentações estratégicas entre os gerentes gerais de suas unidades na região metropolitana de São Paulo. As mudanças envolvem três dos principais executivos da marca no país — Jarves Rockenbach, Luciana Nakamura e Ronei Borba — e têm como objetivo fortalecer o posicionamento dos hotéis, impulsionar resultados e reconhecer o talento interno, um dos pilares de gestão da Accor.

A partir deste mês, Jarves Rockenbach assume a gerência geral do Pullman São Paulo Guarulhos Airport, enquanto Luciana Nakamura passa a liderar o Combo Pullman e Grand Mercure Vila Olímpia. Já Ronei Borba, após quase uma década à frente da operação da Vila Olímpia, será o novo gerente geral do Pullman São Paulo Ibirapuera. A troca cruzada entre os executivos reflete a estratégia de mobilidade interna e de desenvolvimento de carreiras dentro do grupo.

Novos desafios para lideranças experientes

Com ampla experiência em gestão hoteleira, Jarves Rockenbach chega ao Pullman Guarulhos Airport com a missão de impulsionar resultados e aprimorar a experiência do hóspede. “Estou motivado pela mudança e reconheço nessa nova etapa a chance de renovar minha trajetória profissional, assumindo um desafio estratégico, para inspirar e desenvolver pessoas, além de ampliar o impacto e legado de transformação”, afirmou o executivo.

No caso de Luciana Nakamura, a nova função representa uma sequência natural de sua trajetória na rede, marcada por resultados expressivos. Após conduzir o Pullman Guarulhos a um período de crescimento e excelência operacional, ela agora será responsável pela gestão conjunta do Combo Pullman e Grand Mercure Vila Olímpia, um dos endereços mais dinâmicos da capital paulista. “Assumir a gestão do Combo Pullman e Grand Mercure Vila Olímpia será um desafio empolgante. Tenho imenso orgulho do trabalho realizado no Pullman Guarulhos, onde construímos uma história de sucesso. Agora, sigo pronta para este novo capítulo”, destacou.

Já Ronei Borba, que atuou por nove anos no Vila Olímpia, encerra um ciclo de conquistas e inicia um novo desafio à frente do Pullman Ibirapuera, um dos empreendimentos mais estratégicos da marca em São Paulo. “Deixo o Vila Olímpia com gratidão e orgulho pelas conquistas que marcaram minha trajetória. Agora, sigo para o Pullman Ibirapuera, um hotel estratégico e cheio de potencial, especialmente em Alimentos & Bebidas, com iniciativas como o restaurante Macaya, o Yucafé Earth-Based e o TasteIt”, afirmou o executivo.

Valorização interna e visão de futuro

As mudanças refletem a visão de gestão da Accor, que aposta na formação e promoção de líderes dentro da própria rede, estimulando a inovação e o compartilhamento de boas práticas entre unidades. Segundo a companhia, essa transição faz parte de um movimento contínuo de renovação de lideranças e de reforço do propósito da marca Pullman, que combina sofisticação urbana, excelência em serviços e experiências voltadas ao bem-estar.