Copenhague/Dinamarca – Seguindo programação especial para o World Ocean Day, o MSC Euribia, que foi inaugurado na última quinta-feira (8), promoveu um painel de discussão da Organização Mundial do Turismo (OMT) e da MSC Foundation sob o tema “Tourism Ocean Action for a Net Zero Future”. O momento contou com diversas autoridades tanto da armadora quanto da OMT. 

Zurab Pololikashvili, secretário geral da OMT, marcou sua presença em vídeo gravado ao evento e celebrou o lançamento de mais um navio da MSC, principalmente com sua inovação e tecnologia em sustentabilidade. 

“Ao adotar práticas e tecnologias de consequência, podemos criar um impacto positivo nas comunidades e ecossistemas costeiros. E, por sua vez, as comunidades costeiras podem se tornar guardiãs do oceano e do litoral. Mas não podemos tomar como garantidos os benefícios que eles podem oferecer. Juntos, podemos garantir um futuro de resiliência de casamento próspero para nosso oceano, nosso planeta e nossas comunidades”, declarou o executivo. 

Peter Thomson, secretário-Geral das Nações Unidas para o Oceano, também não deixou sua presença passar em branco e enviou um vídeo para a iniciativa. O profissional, além de parabenizar a MSC pelas suas ações em sustentabilidade, também destacou que este tema deve ser pauta global e princípio dominante do Turismo no mundo. 

“Os setores de cruzeiros e turismo costeiro são uma parte necessária de sua condição e exigirão maior colaboração entre os setores público e privado, basicamente boa ciência e melhores práticas comerciais. É animador ver a transformação acontecendo. Envolver formuladores de políticas, líderes empresariais e comunidades locais tem sido essencial na implementação de iniciativas como o turismo global”, complementa. 

Zoritsa Urosevic, diretora executiva da OMT, falou sobre a necessidade de um futuro melhor, mas deixou claro que, para isso, é necessário que as atividades turísticas complementem e respeitem a magnificência e o compromisso. “Temos a responsabilidade de garantir que nossos recursos marinhos sejam comprometidos por gerações ainda não nascidas. A ação oceânica é o nosso esforço coletivo. Não devemos apenas observar, mas participar ativamente na restauração, revitalização e reabilitação do oceano, contribuindo para a prosperidade das comunidades costeiras e, claro, para o futuro”, incentiva a profissional. 

Pierfrancesco Vago, presidente da MSC, afirma que a competitividade do setor de Turismo depende de ecossistemas saudáveis e que, por isso, não deixa a MSC de fora de sua responsabilidade. “O MSC Euribia fez a primeira viagem de emissão líquida zero de efeito estufa e mostra que nossa embarcação pode atingir a neutralização de carbono. Não apenas beneficia o meio ambiente, mas também contribui com economias e resiliência das comunidades locais”, se orgulha. 

Pierfrancesco Vago, presidente da MSC (Foto: Felipe Lima)

Durante o painel sobre sustentabilidade, Daniela Picco, diretora executiva do MSC Foundation, enfatizou a importância de promover o diálogo entre especialistas e instituições para enfrentar os desafios ambientais. “A MSC Foundation tem como objetivo estimular o diálogo e unir especialistas de diversas áreas, como universidades, biólogos, cientistas e centros de pesquisa, porque sabemos que o caminho para a sustentabilidade é uma jornada que podemos percorrer juntos, por meio do diálogo e ações concretas”, afirmou.

Linden Coppell, vice-presidente de Sustentabilidade e ESG da MSC, ressaltou a importância de considerar todos os pontos de contato dentro dos negócios ao desenvolver a estratégia de sustentabilidade. Durante o painel, ele enfatizou a colaboração cada vez mais próxima com os destinos visitados pela empresa. “Trabalhamos em estreita colaboração com os operadores turísticos, os portos e as autoridades locais para apoiar os esforços de turismo sustentável nos destinos que visitamos”, destaca. 

Peter Prokosch, em nome da Linking Tourism & Conservation, ressaltou a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na busca pela sustentabilidade. Ele destacou a proteção do clima, da biodiversidade e da água, além da necessidade de estabelecer áreas protegidas em todo o mundo. Prokosch enfatizou o papel do turismo nesses esforços e sugeriu a implementação de taxas ou contribuições financeiras para apoiar iniciativas de conservação. Ele incentivou a MSC e outras empresas a agirem de forma concreta e a estabelecerem parcerias para alcançar resultados significativos.

Daniela Picco, diretora executiva do MSC Fundation (Foto: Felipe Lima)

Marie Caroline Laurent, diretora geral da Clia na Europa, destacou: “Os hóspedes de cruzeiros desejam vivenciar a natureza intocada e belos destinos. Isso faz parte do DNA da indústria de cruzeiros, garantir que trabalhemos em conjunto com as fundações para oferecer a eles a melhor experiência com esse enfoque”. Ela também mencionou o trabalho próximo com a cidade de Dubrovnik, onde trabalham diretamente com o município para desenvolver um plano de ação que inclui elementos para o gerenciamento do turismo na cidade e a conscientização dos passageiros sobre como se comportar e apreciar a beleza e o patrimônio de Dubrovnik. 

“Oceano é uma questão global e requer ação conjunta. A indústria de cruzeiros, representada pela MSC, desempenha um papel fundamental nesse cenário”, disse Paul Holthus, presidente fundador e CEO do World Ocean Council (WOC). Ele ressaltou a importância da colaboração entre empresas e setores para enfrentar os desafios do oceano e mencionou que a MSC pode ajudar a moldar o futuro do turismo de cruzeiros por meio de ações estratégicas de sustentabilidade. 

“Precisamos de uma estratégia oceânica corporativa, assim como fizemos com a mudança climática”, afirmou Holthus. Ele também destacou a responsabilidade das empresas em apoiar iniciativas de sequestro de carbono no oceano e serem parte de grupos de liderança empresarial para garantir a implementação de infraestruturas políticas adequadas.