Um dia de debates sobre a indústria de cruzeiros e sua importância para a economia nacional, tanto na geração de postos de trabalho como de renda. Este é o foco do 4° Fórum Clia Brasil, realizado nesta quarta-feira (14) no Ministério do Turismo, em Brasília (DF) pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos.

No evento, representantes de empresas do setor, de agências reguladoras e outros players do mercado discutem tendências, o impacto do segmento na economia, regulação e desafios do futuro. O ministro do Turismo, Carlos Brito, participou da abertura do encontro e reforçou a confiança da Pasta no segmento, em especial para a próxima temporada, que deve ser a maior da última década.

O ministro Carlos Brito apontou que o setor de cruzeiros muda a realidades das cidades que recebem as embarcações, tendo em vista a movimentação de turistas no comércio local, nos restaurantes e no artesanato, entre outros.

Em sua fala inicial, o presidente do Conselho da Clia Brasil, Adrian Ursilli, ressaltou que o retorno dos cruzeiros após a paralisação imposta pela pandemia é resultado de um conjunto de ações em prol do setor. Para Ursilli, a retomada do Fórum Clia Brasil, suspenso por três anos, simboliza a consolidação do ramo.

Já Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, enalteceu resultados da parceria entre a iniciativa privada e o Ministério do Turismo. Ele ressaltou que, segundo a Fundação Getulio Vargas, a última temporada de cruzeiros registrou 141,8 mil passageiros transportados, a geração de 22 mil empregos e a movimentação econômica de R$ 1,5 bilhão, apesar de uma pausa de dois meses nas viagens.

Marco Ferraz acrescentou que, de cada R$1 investido no setor, R$3,32 retornam à economia, ou seja, três vezes mais.

O presidente da Embratur, Sílvio Nascimento, por sua vez, destacou a resiliência do setor durante a pandemia, que permitiu a recuperação do segmento. Nascimento enfatizou o trabalho que a agência tem feito para divulgar o Brasil no exterior por meio de roadshows e press trips com a imprensa. estrangeira.

PRÓXIMA TEMPORADA – A temporada de cruzeiros 2022/2023 no Brasil, prevista para ser a maior dos últimos 10 anos, teve a confirmação de mais uma embarcação de cabotagem e ampliou o número de leitos ofertados para 780 mil – alta de 47% na comparação com os 530 mil disponibilizados em 2019/2020.

Com isso, o setor tem a expectativa de criar 44 mil empregos no país de forma direta, indireta e induzida, além de gerar um impacto de R$ 3,8 bilhões na economia nacional, motivado por gastos de armadoras, cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas.


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