Segundo dados da AirHelp, o número de passageiros que embarcaram nos aeroportos brasileiros no primeiro trimestre deste ano aumentou 9,6% em relação ao mesmo período de 2022. No entanto, a maior movimentação veio acompanhada de transtornos: número de cancelamentos aumentou 82% e os atrasos aumentaram 73,7% no mesmo período.

De acordo com o levantamento, o número de passageiros que embarcaram no país saltou de 17,8 milhões nos três primeiros meses de 2022 para 19,5 milhões no mesmo período deste ano. No mesmo intervalo, o número de passageiros afetados por atrasos e cancelamentos saltou de 2,18 milhçies para 3,79 milhões. Um em casa oito passageiros sofreu com problema em 2022 – essa proporção cresceu para um em cada cinco.

Atrasos superiores a duas horas também tiveram elevação. Em 2022, 111,9 mil passageiros sofreram com este tipo de problema (um em cada 159 passageiros). Neste ano, o número saltou para 141,8 mil passageiros (um em cada 137).

“O conjunto de direitos dos passageiros aéreos que temos no Brasil é orientado para o cliente e oferece aos passageiros aéreos uma grande consideração, especificando exatamente quais os cuidados que as companhias aéreas devem oferecer e quando em caso de problemas de voo. No entanto, a lei é muito vaga quando se trata de critérios de compensação e pode ser um desafio para um único indivíduo sem conhecimento especializado interpretar a lei corretamente”, explica Luciano Barreto, diretor geral da AirHelp no Brasil.

Luciano continua: “entre os principais motivos pelos quais os passageiros brasileiros não reivindicam seus direitos em caso de problemas de voo, podemos encontrar: falta de conhecimento sobre como fazer uma reclamação, mas também falta de consciência dos direitos dos passageiros.”


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