Em um dia histórico, que marcou a primeira vez que o AfroTurismo foi pauta no parlamento, a mesa de altíssimo nível, como descreveu o Deputado Bacelar, teve a participação do Ministério do Turismo (MTur), representado por Anna Modesto, gerente de Projetos do MTur, Tania Neres, diretora de AfroTurismo e Diversidade da Embratur, Milena Lima, coordenadora de Articulação Interfederativa do Ministério da Igualdade, Antonio Pita, diretor de Operações (COO) e Carlos Humberto CEO, ambos fundadores da Diaspora.Black.

Ficou evidente pelas falas o quanto o AfroTurismo pode potencializar o crescimento do turismo doméstico e internacional. Carlos Humberto destacou que mesmo sem grandes investimentos, a empresa Diaspora.Black cresceu 400% em faturamento nos últimos dois anos e vem potencializando a geração de renda entre empreendedores negros que já geraram receitas de mais de R$1,8 milhão, somente neste ano.

A Diaspora.Black é um dos poucos, ou o único, marketplace de empreendedores negros focados no turismo. O turismo afrocentrado e anunciantes escolhem a plataforma pela representatividade e compromisso com a geração de renda de pessoas pretas. A escolha de Guias, Agentes de Viagem e Operadores vem consolidando a empresa como o maior Hub de AfroTurismo da América Latina e a única que vem educando o mercado com dados mais qualificados do consumo de fornecedores e consumidores negros.

O crescimento da empresa vem refletindo no crescimento de muitos negócios e no reconhecimento de um mercado potente que precisa de investimento para seguir nessa curva ascendente. Além do papel comercial, a empresa vem levando a contribuição na formação de novos negócios no AfroTurismo a partir de projetos como o Laboratório Criativo de Roteiros, que fomenta com treinamentos, materiais e aporte financeiro para lideranças negras se tornarem guias e agentes do Afroturismo. Além dos projetos, a Diaspora.Black oferece treinamentos antirracistas para setores de hotelaria e receptivo com metodologias desenvolvidas por intelectuais negros de referência, como Azoilda Loretto da Trindade.

Por toda essa atuação, a empresa vem provocando o mercado a olhar para o setor e reforçando a necessidade de investimento, infraestrutura, treinamentos e um plano focado no desenvolvimento da agenda do AfroTurismo. A agenda que produz diretamente muitos impactos sociais, ainda pode ser uma grande possibilidade de geração de novos produtos no turismo que potencialize o desenvolvimento local, os diferenciais brasileiros internacionalmente e o fortalecimento do crescimento econômico da população negra.

Dentro deste conjunto de ações contundentes, a provocação da empresa a diferentes estruturas governamentais, privadas e sociedade civil vem ampliando o debate e despertando o comprometimento de muitas organizações públicas. Melina reforça em sua fala a importância do AfroTurismo para o enfrentamento ao racismo da sociedade brasileira e indicou que essa é uma das importantes pautas na qual o ministério vai se empenhar. Anna destaca que o ministério está olhando com muito compromisso para essa agenda e que está sendo desenvolvida no programa Experiência do Brasil Original.

Tania lembrou que os norte-americanos são nosso mercado potencial e que eles já geram mais de US$109 bilhões em consumo no Afroturismo e apresentou algumas agências que vêm promovendo trabalhos e são exemplos no AfroTurismo. Antonio Pita também destacou em sua fala mais de 20 organizações de AfroTurismo e sinalizou que hoje a plataforma já soma mais de 500 anunciantes. De fato, foi uma agenda histórica, como destacou o presidente da Embratur, que se referiu ao Afroturismo como uma aposta muito assertiva para o desenvolvimento do turismo no país.


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