A Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) participou da quinta edição do Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia, encerrada na última sexta-feira (16), no Centro Administrativo (CAB), em Salvador, após quatro dias de programação. Enquanto 30 etnias debatiam direitos dos povos originários com os poderes públicos e a sociedade civil, a Setur-BA fazia um mapeamento, por meio de questionário, das aldeias que oferecem atividades turísticas ou possuem potencial para desenvolvê-las.

As entrevistas levantaram também dados sobre acesso às comunidades, população, base da economia e tradições culturais. As informações vão servir para traçar um diagnóstico e definir ações visando impulsionar o turismo de base comunitária em territórios indígenas.

“É um trabalho de estruturação, formatação de produto, análise de mercado, promoção e elaboração de um roteiro turístico que permita vivenciar o cotidiano, a cultura e o modo de vida dos indígenas. Existe cada vez mais demanda para o turismo étnico, principalmente, entre os visitantes estrangeiros”, explicou a superintendente de Promoção e Serviços Turísticos da Setur-BA, Fabíola Mandarine Paes Leme.

O mapeamento foi aprovado por Tingê, liderança da aldeia Tibá, em Prado, na zona turística Costa das Baleias. “Essa iniciativa é muito boa para o nosso povo, porque o turismo nos permite vender mais nossos produtos agrícolas e peças de artesanato”, elogiou.

“O turismo é fundamental para a reserva em que vivemos, pois nos ajuda no sustento e na preservação de nossa cultura e identidade”, completou Taywã Pataxó, da Reserva Indígena da Jaqueira, em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento.


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