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Classes e outras segmentaçíµes do aéreo

Viagens de avião podem ser estressantes, em especial quando se tratam de longas distâncias. Em função disso, muitos estão dispostos a pagar mais por maior conforto e praticidade. Essas vantagens, porém, vem em muitas formas, como poltronas mais acolchoadas e espaçosas, comidas e bebidas de melhor qualidade, prioridade de atendimento e embarque, sala VIP nos terminais, entre outros. 

É comum de se pensar que todas as companhias aéreas oferecem os mesmos tipos de segmentações por cabines, o que não é a realidade. Buscando destrinchar mais o tema, a reportagem do Brasilturis entrou em contato com diferentes companhias aéreas para compreender as particularidades de cada produto e serviço oferecido por cada empresa. 

Além das tradicionais passagens econômicas, executivas e primeira-classe, há classes intermediárias, subclasses, entre outras segmentações de público. Além disso, cada aeronave possui suas particularidades que favorecem ou impedem a existência de um ou outro tipo de cabine. Cada companhia aérea, por sua vez, atende públicos específicos, com diferentes orçamentos, objetivos e prioridades.

No caso da Gol, por exemplo, não há cabines executivas ou de primeira-classe, apenas econômica e Premium Economy, mesmo em voos internacionais. A companhia oferece ainda diferentes tipos de tarifas dentro da econômica, a depender das necessidades do cliente no que se refere ao número de bagagens, taxa de alteração e percentual de reembolso. Existem também os assentos Gol+Conforto, que se encontram nas cinco primeiras fileiras e saídas de emergência e garantem mais espaço para as pernas e maior reclino.

Indo adiante, o gerente comercial Brasil da ITA Airways, Murilo Cassino, elucida algumas das vantagens das classes superiores. “Começando pelas facilidades pré-voo, o cliente da classe executiva têm acesso à sala VIP do terminal, prioridade de embarque, além de  atendimento prioritário. Dentro do voo, fora o maior espaço e conforto, esse viajante também espera um menu diferenciado, maior seleção de bebidas, mimos, tecnologia e entretenimento”, lista o executivo.

Em voos com mais de cinco horas, a cabine executiva da Latam também oferece assentos que contam com colchão projetado com tecnologia Spacer Fabric, um material desenvolvido pela NASA que regula a temperatura, garante o fluxo de ar e acalma os pontos de pressão do corpo durante o sono. 

Quando falamos de primeira-classe, essas vantagens da executiva são ainda mais luxuosas e incluem uma oferta muito maior de produtos e serviços. O principal diferencial é a suíte privativa, que garante maior privacidade e controle da iluminação e inclui um assento totalmente reclinável. 

No caso da Emirates, a experiência já se inicia antes do embarque, com sala VIP para realizar o check-in e aguardar o voo. Para chegar à aeronave, há a possibilidade de utilizar um motorista, dependendo do aeroporto. A bordo, na suíte, os passageiros são recebidos com uma seleção de produtos comestíveis premium. Também existe a possibilidade de tomar banho e usufruir de kits de produtos cosméticos e desfrutar de uma gastronomia gourmet com ingredientes sazonais locais e de coquetéis no lounge bar a bordo.

Apesar das vantagens, nem todos conseguem pagar viagens em classe executiva e primeira-classe, mas ainda querem algo acima da econômica. Assim nasceu a Premium Economy. “É um produto intermediário, que oferece mais espaço, serviços diferenciados e facilidades – como o Fast Track, que lhe permite passar rapidamente no raio-x separado dos demais passageiros. Essa classe se estabelece perfeitamente entre o glamour da Business (executiva) e a simplicidade da Econômica”, pontua Cassino.

A Latam também tem ofertas de cabine Premium Economy, até mesmo para voos internacionais mais curtos na América do Sul e nas rotas domésticas no Brasil. “A Latam, aliás, é a única aérea brasileira a oferecer a Premium Economy nos voos domésticos no País, o que é um diferencial competitivo para o cliente que precisa de mais conforto a bordo, incluindo mais opções de alimentação, e de agilidade antes e durante toda a sua viagem”, destaca Aline Mafra, diretora de Vendas e Marketing da LATAM Brasil.

No Brasil, a Premium Economy foi muito bem recebida pelo mercado, em especial por passageiros corporativos. “Muitas empresas modificaram sua política de viagem, limitando a Business a poucos colaboradores. A Premium Economy se consolidou conforme as empresas demonstraram interesse em continuar garantindo algum conforto aos funcionários que viajam recorrentemente, mas sem aumentar muito os gastos”, explica Cassino.

Quanto à decisão de sacrificar uma classe para aumentar outras classes, a equipe da Gol afirma que depende de vários fatores, incluindo as necessidades e preferências dos clientes, a rentabilidade do negócio e a posição competitiva da empresa no mercado. “O importante é o equilíbrio de passageiros, bagagem, custos e produtos. Não usaria o termo sacrifício, mas uma estratégia que pode ser adotada dentro de uma linha de interesse e demanda mais expressiva de uma determinada classe”, complementa Cassino.

Aline compartilha do mesmo sentimento e destaca que a Latam está constante avaliando novos produtos no mercado e revendo como oferecer melhorias em seu serviço. “Desta forma, aqueles que desejam personalizar a sua experiência de viagem podem optar livremente por serviços que incluem mais conforto antes, durante e depois da viagem. É por isso que oferecemos diferentes tipos de tarifas, que significa a possibilidade de o cliente completar a sua experiência de viagem com diversos itens adicionais, como a seleção de assento, despacho de bagagem, opções de reembolso, etc”, explica a diretora.

Afinal, segundo o executivo da ITA Airways, a passagem aérea não se trata somente de levar a pessoa do ponto A ao ponto B. “O negócio vai muito além disso e quanto mais tailor-made o produto for, melhor ela vai atender o cliente. Ele pode ir de econômica, mas também ter acesso à sala VIP, por exemplo. A personalização permite ao cliente montar a viagem de acordo com suas necessidades e desejos, evitando o enquadramento em caixinhas”, conclui Cassino.

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