A Aena Brasil acaba de divulgar o cronograma para mudança de administração dos 11 aeroportos da sétima rodada de concessão, que inclui o Aeroporto de Congonhas e as etapas de início de obras emergenciais. O anúncio foi apresentado na manhã desta segunda-feira (25), durante coletiva de imprensa na Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, em São Paulo. Na ocasião, estavam presentes Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil, e Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

Os equipamentos que compõem o bloco SP/MS/PA/MG foram arrematados pela concessionária em agosto de 2022, por R$2,4 bilhões. Além desse valor, a operadora já desembolsou R$ 3,3 bilhões em pagamentos e investimentos iniciais, antes mesmo da data de eficácia. 

Confira o calendário completo de início das operações da Aena nos terminais nacionais:

  • 10/10 – Uberlândia (MG)
  • 13/10 – Campo Grande (MS)
  • 17/10 – Congonhas, em São Paulo (SP)
  • 07/11 – Ponta Porã (MS)
  • 10/11 – Corumbá (MS)
  • 13/11 – Uberaba (MG)
  • 16/11 – Montes Claros (MG)
  • 21/11 – Marabá (PA)
  • 24/11 – Carajá (PA)
  • 27/11 – Santarém (PA)
  • 30/11 – Altamira (PA)

Congonhas

Quanto ao Aeroporto de Congonhas, Yus conta que há uma gama de projetos de readequação e melhorias previstas para até 2028, enquanto as obras nos demais terminais devem finalizar em 2026. Entre as principais intervenções no terminal paulista, estão a resolução das não conformidades normativas da estrutura das pistas, revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves com novas posições de contato e construção de um novo Terminal de Passageiros.

Apesar da importância desses projetos mais ambiciosos e necessários, a Aena anunciou algumas melhorias de curto prazo em Congonhas, previstas até o final de 2024. Entre elas, ampliação da sala de embarque remoto, revitalização da fachada, readequação das vias de acesso e reforma dos banheiros. “Não podemos esperar até 2028 para entregar melhorias que podem garantir maior conforto aos passageiros o quanto antes”, comenta Yus. 

“O verdadeiro desafio dessa fase, no entanto, está em realizar todas essas obras estruturais sem gerar qualquer tipo de impacto na operação das companhias aéreas”, salienta Yus. “Afinal, um problema no Aeroporto de Congonhas pode desencadear uma série de impactos em toda malha aérea brasileira”, ressalta.

Aena no Brasil

Vale lembrar que a concessionária já opera outros seis terminais aéreos no Brasil, todos na região Nordeste: Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE). Essas estruturas, que contaram com R$ 1,4 bilhão de investimentos em melhorias, foram arrematadas na quinta rodada de concessão, com início das operações no começo de 2020.

“Apesar da crise sem precedentes causada pela pandemia de Covid-19, conseguimos concluir todas as obras, desde as imediatas e de ampliação e modernização, no segundo trimestre deste ano”, relata Yus. “Além de termos investido mais do que o dobro do indicado pelo estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) para a fase 1, já temos novos projetos em elaboração para esse bloco”, adianta o diretor-presidente.

“Com o início das novas operações, estaremos presentes em nove estados brasileiros, com a gestão de 17 equipamentos responsáveis por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional. Seremos o maior operador aeroportuário do Brasil e do mundo, com 46 aeroportos e 2 heliportos apenas na Espanha, e 34 aeroportos no resto do mundo”, conta Yus. “Com toda essa estrutura, movimentamos mais de 363 milhões de passageiros pelo mundo em 2022, número que deve crescer cada vez mais nos próximos anos”, complementa o executivo.

Por fim, Yus destacou que apesar da Aena estar concentrada nas novas operações e projetos, a concessionária não tirou os olhos de novas possibilidades. “Ainda estamos digerindo o que conquistamos, mas continuamos acompanhando todas as rodadas de leilões desde a primeira. Estamos sempre atentos a todos os tipos de novos projeto para o Brasil, que é um mercado extremamente importante para nós.