A AirHelp fez um levantamento que aponta o volume de passageiros que embarcaram nos aeroportos brasileiros. Segundo os dados, no primeiro trimestre deste ano o número caiu 16% em relação ao mesmo período de 2023, registrando 19,5 milhões. O número de atrasos superiores a duas horas e cancelamentos saltou 57,4%, passando de 731 mil nos três primeiros meses de 2023 para 1,15 milhão no mesmo período deste ano. Um em cada 31 passageiros sofreu com o problema em 2023. Em 2024, a proporção foi de 1 em cada 20.

No mesmo intervalo, o número de passageiros afetados por cancelamentos saltou de 540,9 mil para 948,1 mil, alta de 75,4%. Um em cada 43 passageiros sofreu com o problema em 2023. Em 2024, essa proporção cresceu para 1 em cada 16.

Já os atrasos superiores a duas horas também tiveram elevação. Em 2023, 190,3 mil passageiros sofreram com este tipo de problema no primeiro trimestre do ano (um em cada 122 passageiros). Em 2024, o número saltou para 202 mil passageiros (um em cada 96 passageiros). Este tipo de ocorrência, quando não provocado por questões meteorológicas ou de força maior, pode originar pedidos de indenização às companhias aéreas.

Luciano Barreto, diretor geral da AirHelp no Brasil, falou sobre como a lei é vaga quando se trata de critérios de compensação e pode ser um desafio para um único indivíduo sem conhecimento especializado. “Os principais motivos pelos quais brasileiros não reivindicam seus direitos podemos encontrar: falta de conhecimento sobre como fazer uma reclamação, mas também falta de consciência dos direitos dos passageiros.”