São Paulo (SP) – Durante a segunda edição do Fórum de Turismo 60+, promovido no Tivoli Mofarrej nesta segunda -feira (13), foi promovido o painel “Bem-Estar e Longevidade”. O debate – intermediado por Rosana Beni, Relações Públicas, Promoter, Escritora e Apresentadora de TV – contou com a participação Natália Dornelas, Militante da “Bela Velhice”, publicitária, jornalista e criadora dos podcasts; e Helô Pinheiro, Musa de “Garota de Ipanema”, modelo, atriz, jornalista, apresentadora e bacharel em direito.

Para iniciar a conversa, as convidadas foram questionadas sobre o segredo da longevidade e Helô afirma que atualmente, com seus 80 anos, acredita que a bondade e a empatia são a base de uma vida longínqua. “Jamais virei a costas para alguém. Sempre que pude, estendi a minha mão e tenho aquele dom da compreensão nas horas difíceis. Sou uma pessoa que Deus mandou para ajudar e estar em momentos difíceis”, declara.

Natália, que já trabalhou com moda a vida inteira e mudou de carreira para trabalhar com o público sênior,reconhece e concorda que a generosidade citada por Helô é um importante fator para a longevidade. “As pessoas tem que ter fé. O meu recorte de trabalho são pessoas 80+. E velho não é ofensa e vamos propagar essa fala e mudar essa realidade. Precisamos vigiar a boca e mudar o nosso discurso”, afirma.

Em uma comparação quanto ao perfil de jovens dessa geração e da geração das convidadas, Helô avalia que há uma preocupação exarcebada na imagem e não tanto na saúde. Além disso, a profissional afirma que há uma grande ânsia por parte da atual juventude. “Estão acelerados demais e querendo mais do que deveriam querer”, comenta.

Natália concorda e cita, ainda, sobre recentes estudos sobre a preocupação das empresas em contratar alguém da geração Z. “Estamos falando de um público que não reconhece quem é a Madonna, por exemplo”, exemplifica. Natália ainda deixa mais uma dica para a atual geração: “Curtam mais os destinos e não percam mais tanto tempo fazendo selfies”, conta.

Questionadas sobre cases de sucesso de acessibilidade, Natália cita seu interesse em conhecer as seis regiões conhecidas como blue zones, onde há grande concentração de pessoas com idade acima de cem anos. Com pouco repertório de cases, a convidada cita o Japão como possível destino amigável ao público sênior. “Acredito que pelo respeito aos mais velhos e pela evoluçaõ e desnvolvimento tecnológico”, afirma.

Já sobre dicas de como aproveitar a melhor idade, Helô incentiva os profissionais a continuarem trabalhando. “A vida não para. Quando a gente se aposenta, começa a ficar sem ter o que fazer. Gasta o dinheiro e aproveita, fazendo várias viagens”, finaliza a atriz.