A atividade turística é parte essencial de um processo de desenvolvimento sustentável, capaz de gerar empregos, preservar a cultura local, distribuir renda e melhorar a qualidade de vida das comunidades. O Nordeste do Brasil se destaca nesse mercado e, segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, é a região que os brasileiros mais desejam visitar em 2024, com 48% das intenções de viagem. Esses dados são confirmados pelo perfil dos viajantes da Bancorbrás Turismo, mantenedora do Instituto Bancorbrás.

Para ampliar os benefícios das iniciativas voltadas para o setor nesses estados, o Instituto Bancorbrás (IB), em parceria com o Impulsio.ne, laboratório de inovação social da Plataforma Impacta Nordeste, lançou um programa para estimular negócios de impacto nordestinos que apresentem soluções para o turismo sustentável.

Cláudio Roberto Nogueira, Diretor Executivo do Instituto Bancorbrás, destaca que o programa é uma oportunidade para impulsionar e ampliar os impactos positivos. “O nosso objetivo é ensinar, aprender e compartilhar conhecimentos, permitindo que as organizações evoluam em sua atuação e beneficiem ainda mais a sociedade com o fortalecimento da causa de um turismo mais diverso, acolhedor, inclusivo e sustentável”, afirmou.

O programa oferecerá aos seis negócios selecionados apoio técnico e financeiro personalizado, com auxílio de especialistas, conexão com oportunidades do ecossistema do Instituto Bancorbrás e Impacta Nordeste, além de acompanhamento pós-aceleração para avaliação e monitoramento dos avanços conquistados. Haverá também um investimento semente, que será distribuído de acordo com o desempenho das empresas ao longo do processo de aceleração.

Para participar, os negócios de impacto, incluindo associações, cooperativas e Organizações da Sociedade Civil (OSCs), precisam ter modelos de negócios que atuem ou possuam uma solução para o campo do turismo social e ambiental. Além disso, devem ter origem e sede na região Nordeste, pelo menos duas pessoas disponíveis para participar da jornada de aceleração, dentre outros critérios disponíveis no edital.

Os participantes do programa deverão propor ações que conectem a atividade turística a práticas de conservação da biodiversidade, melhorem a experiência turística de pessoas ou grupos em desvantagem social (como pessoas com deficiência, LGBTQIAPN+, mulheres, negros e indígenas), fortaleçam a identidade cultural local e o protagonismo de comunidades tradicionais, e desenvolvam soluções tecnológicas focadas na promoção do turismo social e ambientalmente responsável.

Marcello Santo, diretor-fundador da Plataforma Impacta Nordeste, explicou que, nos últimos anos, observaram o surgimento de diversas iniciativas que aliam turismo e impacto socioambiental positivo. “Esses negócios possuem um grande potencial para contribuir com a geração de renda, impulsionar a cultura e os saberes locais, as tecnologias ancestrais, além de preservar e valorizar o meio ambiente, especialmente em comunidades de povos tradicionais. A região Nordeste é uma potência nesse setor e acreditamos que impulsionar esses projetos pode gerar impacto social e ambiental positivo nas comunidades em que atuam e em toda sua cadeia produtiva”, afirmou.