O navio MSC Grandiosa, que zarpou do Porto de Santos no dia 11 de janeiro e retornou no dia 18, registrou um surto de norovírus durante sua viagem. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 127 passageiros, entre os 6.293 a bordo, apresentaram sintomas de Doença Diarreica Aguda (DDA) e foram diagnosticados com o vírus. Os infectados foram isolados conforme protocolos sanitários.
A Anvisa confirmou que o surto foi identificado na sexta-feira (17) e destacou que medidas de controle, como higienização frequente das mãos e superfícies, foram implementadas para conter a propagação do vírus. Apesar disso, não houve informações detalhadas sobre a permanência dos passageiros infectados a bordo ou se eles desembarcaram na data prevista.
O norovírus, agente causador do surto, é o mesmo que desencadeou um aumento de casos de virose na Baixada Santista no final do ano. Para investigar o caso, agentes da Secretaria de Saúde de Santos realizaram uma análise a bordo no sábado (18), coletando amostras de água, alimentos e de cinco tripulantes com suspeita de contaminação. O material foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz, mas os resultados ainda não foram divulgados.
Em nota, a MSC Cruzeiros informou que “adotou as precauções necessárias para manter um ambiente saudável a bordo” e intensificou os procedimentos de limpeza e sanitização do navio. A companhia também orientou os passageiros a lavarem as mãos com frequência e procurarem o centro médico em caso de sintomas gastrointestinais.
A Anvisa reiterou que as atividades de vigilância epidemiológica seguem o Guia Sanitário para Navios de Cruzeiros e visam monitorar a saúde a bordo. Já a Prefeitura de Santos, que colaborou na investigação, destacou que os tripulantes infectados estão com quadro clínico estável e sendo acompanhados pela equipe médica do navio.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP), as noroviroses são doenças virais conhecidas por causar gastrenterites. A transmissão ocorre geralmente por via fecal-oral e, embora seja autolimitada, com duração média de três dias, exige atenção especial para crianças e idosos. O tratamento é baseado na hidratação, sendo que casos mais graves podem demandar hidratação endovenosa, embora hospitalizações sejam raras.
O navio MSC Grandiosa retomou sua programação normal após o surto. As autoridades seguem monitorando a situação e aguardam os resultados laboratoriais para conclusões mais detalhadas sobre o caso.
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