Os eventos híbridos vieram para ficar. A mensagem do painel realizado durante a Reunião Global da Alagev, nesta quinta-feira (26), foi clara. O encontro aconteceu no hotel Tivoli Mofarrej e trouxe o debate sobre o desenvolvimento e desafios da organização dos eventos corporativos pós-pandemia da covid-19.

O debate reuniu Patty Segatto, presidente eleita da MPI Brazil, Juliana Aranega, atual presidente da MPI Brazil, e Juliana Patti, presidente da Alagev, mediadas por Trícia Neves, sócia-diretora da Mapie. As gestoras reconhecem que o modelo da realização de eventos mudou de tal forma que não será mais feito nos mesmo moldes de antes da pandemia. Contudo, o saldo para os gestores que se adaptarem será positivo.

“Existia um preconceito de que o online não funcionava, mas descobrimos que funciona sim e que vai continuar, tendo vida longa para alguns casos. Hoje aumentou muito a demanda de participantes que, mesmo com a opção presencial, pedem o link da transmissão online do evento, ou seja, o modelo híbrido segue forte, apesar da logística de fazer ‘dois eventos’ ao mesmo tempo”, disse Juliana Aranega.

“A figura do profissional de eventos pede que ele vá além do ‘face to face’ e que passamos por esse movimento do virtual, que todo mundo aprendeu a conviver. Agora, precisamos tirar proveito do que aprendemos e fazer, por exemplo, encontros de três dias presenciais e dois de treinamento a distância, usando o budget para mais interações”, salientou Juliana Patti.

Nesse contexto, não é surpresa que o orçamento para os eventos também ficou mais enxuto. Porém, Patty Segatto crê que o processo permite alocar mais recursos em outras frentes para dinamizar ainda mais os encontros híbridos.

“Os budgets reduziram porque tivemos uma crise. Se fizermos um comparativo com antes, considerando guerra e tudo, não vamos sair do lugar. Vejo sofrimento por esses comparativos que não deveria existir. Os parâmetros mudaram e precisamos nos adaptar”, apontou Patty Segatto.


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