A locadora de veículos Movida divulgou, nesta semana, os resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22). De acordo com o balanço, a marca superou os R$10 bilhões de receita bruta, o que representa uma expansão de 79% em relação ao ano anterior.

Outros destaques positivos são para a expansão da rede e da frota de veículos. A empresa fechou 2022 com 330 lojas presentes em 109 municípios brasileiros. Em comparação a 2021, o aumento foi de 45 unidades. Já na frota, o aumento foi de 20%. Hoje, a marca possui 224 mil carros em comparação a 187 mil em 2021.

Apesar do crescimento, o documento registra ainda o lucro líquido de R$556,4 milhões ao longo do ano, causando uma queda de 32% em comparação a 2021. Se for analisado somente o quarto trimestre, essa diferença passa a ser ainda maior: de 93,6%. É que a Movida caiu de R$227milhões em 2021 para R$17,8 milhões no ano passado.

A principal causa apontada no relatório é o aumento da taxa básica de juros, que gerou uma despesa financeira líquida 251% maior ano a ano.

EBITDA e EBIT

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) consolidado alcançou R$ 858,2 milhões de outubro a dezembro, configurando uma alta de 10,5% sobre igual intervalo de 2021. Neste mesmo intervalo de tempo, a margem sobre receita líquida total foi de 31,7%, uma queda de 12,9 pontos na comparação anual.

Em função dos maiores gastos com depreciação no período, o lucro operacional (EBIT) no quarto trimestre de 2022 foi de R$ 477 milhões, reduzindo em 21,3% na relação ano contra ano. Em contra partida, no consolidado do ano, o EBIT alcançou R$2,4 bilhões, representando um crescimento de 45% ao ano anterior.

Alta na receita e na despesa também

A receita líquida cresceu 55,7% nos três últimos meses de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 2,7 bilhões. Seguindo a mesma tendência no consolidado do ano a alta foi de 80%, chegando ao patamar de R$ 9,6 bilhões.

De acordo com o relatório, esse aumento pode ser atribuído ao aumento da frota e constante evolução do ticket médio.

Em comparação ao quarto trimestre de 2021, o resultado financeiro foi uma despesa de R$ 501 milhões, aumento anual de 140,7%. No acumulado do ano, a despesa líquida totalizou R$ 1,7 bilhão, um crescimento de 250,8% ou R$ 1,2 bilhão em comparação com 2021.

A companhia atribuiu essa variação ao aumento da taxa Selic, aumento de R$ 4,2 bilhões na dívida líquida em relação a 2021 e efeito positivo de R$ 35,1 milhões do reconhecimento da recompra parcial de bonds em dólares americanos, com vencimento em 2031.


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