Os incríveis avanços da Inteligência Artificial (IA) me permitem “viajar na maionese” e desenhar possíveis cenários, fazendo previsões sobre o futuro e o advento de um novo agente de viagens que, na minha opinião, poderá se “materializar” dentro de poucos anos.

Pré-vejo a Google ou a Microsoft (ou outra empresa ligada aos mais modernos processos da tecnologia da informação) desenvolvendo, ainda mais, os seus “robôs de mesa” (não maior do que uma bola de vôlei, para nos assistir como um autêntico secretário particular) acoplados via wi-fi ao nosso aparelho de TV, assim como a uma impressora e ao nosso PC, notebook ou smartphone, respondendo as nossas mais variadas perguntas, além de atender aos nossos mais diversos “comandos” (através de um sofisticado sistema de reconhecimento de voz).

Quem sabe já disponível no mercado? Digamos que apelidei o meu de Horácio. Assim, Horácio me acordaria todas as manhãs com um “bom dia, são sete horas, o tempo está bom e a temperatura de hoje deverá se manter entre 19º e 29°”. Além de ter a possibilidade de pedir ao Horácio mil coisas (notícias do dia, informações sobre a bolsa, etc), poderei solicitar ao mesmo inúmeros afazeres, tais como cancelar um compromisso com o meu médico, enviar uma mensagem para um amigo e encomendar determinados itens ao supermercado.

Mas, o que tento incluir, aqui, é como o Horácio poderá se transformar, outrossim, no meu PTA (Personal Travel Agent – Agente de Viagens Pessoal, na tradução para o português) e para o qual poderei solicitar centenas de informações relacionadas com o assunto em questão (entendendo que o Horácio estaria totalmente familiarizado sobre meios de transporte, acomodação, locação de veículos, cruzeiros marítimos, aluguel de barcos, excursões, passeios turísticos, restaurantes, atrações, shows e entretenimentos, aspectos culturais, hábitos e, até mesmo, compras, em qualquer região do mundo.

Ele, também, se constituiria em um especialista em outros aspectos que envolvem uma viagem: conversão de moedas, épocas mais apropriadas para visitar um determinado núcleo, geografia turística, informações climáticas, vestuário recomendável, vistos consulares, vacinas obrigatórias, seguros assistenciais, participação em feiras, programas de incentivo, congressos e eventos, além de ter a capacidade de me orientar sobre quais produtos e/ou serviços seriam mais adequados à minha viagem, onde encontrá-los, se disponíveis, e quais as melhores ofertas e opções para cada tipo ou cada uma das viagens que pretendo empreender. E muito, muito, mais!).

Horácio poderá, além do mais, me informar (em linguagem/conversa coloquial) sobre quais comentários positivos e negativos foram emitidos, no Tripadvisor, por outros turistas, efetuar e/ou cancelar reservas, incluir milhas que eventualmente teria direito, emitir passagens, procurar o contato de certa pessoa que gostaria de encontrar em uma cidade qualquer, quais recomendações seriam interessantes receber antes de embarcar, cuidar de um eventual pedido de reembolso, entre inúmeras outras coisas.

Poderei, também, solicitar ao Horácio para me mostrar (na tela da minha TV ou no meu notebook) vídeos sobre destinos diversos, hotéis, atrações, navios, restaurantes, parques temáticos, etc. Enfim, o meu “robô de mesa”, meu Horácio, aprenderia, com o passar do tempo, a conhecer os meus gostos e minhas exigências no que diz respeito às minhas viagens e, assim, se transformar no meu agente de viagens especial e particular.

Um prognóstico louco? Não acredito. A tecnologia vem avançando com uma velocidade inacreditável, cuja taxa é infinitivamente maior do que a capacidade que temos de acompanhá-la. E, se ainda posso predizer possíveis variantes, vejo este PTA ser oferecido, gratuitamente, por mega organizações de viagens, para clientes selecionados, a fim destas serem beneficiadas pelo resultado das reservas e pelas respectivas emissões adendas (além de estarem oferecendo, em destaque, os próprios produtos e serviços). A cabeça e as ideias viajam e acompanham novos e fantásticos tempos que estão por vir.