Teresina (PI) – O segundo dia do Summit Piauí Turismo trouxe discussões cruciais sobre as transformações no setor com a nova Lei Geral do Turismo e o fortalecimento do programa de regionalização. Ana Clara Fernandes, coordenadora-geral do Ministério do Turismo, e Bárbara Percinoto, também do ministério, destacaram as inovações legislativas e a importância de uma gestão estratégica para integrar e potencializar os destinos turísticos do Brasil.

Ana Clara Fernandes ressaltou que o turismo regionalizado tem se tornado um pilar essencial do desenvolvimento do setor. “Amamos o turismo e a regionalização. A gente precisa entender o que a Lei Geral do Turismo traz, mas também o Plano Nacional de Turismo, que aponta estratégias para desenvolvermos nossos trabalhos, seja na área de educação, seja na gestão ou em qualquer segmento que você queira trabalhar no turismo hoje no seu destino”, afirmou.

Ana Clara também enfatizou os avanços no fortalecimento do Sistema Nacional de Turismo. “Hoje, o Brasil conta com 340 regiões turísticas no Mapa do Turismo Brasileiro e mais de 300 instâncias de governança. Muitas delas não existiam há alguns anos, e o Nordeste vem dando um show nesse quesito, com uma governança bem estruturada nos últimos cinco anos”, destacou, citando o exemplo do Piauí, que possui sete regiões turísticas e 46 municípios no mapa.

Bárbara Percinoto complementou as ideias ao abordar os impactos da nova legislação. “A implementação do programa de regionalização deve ser estratégica, pois ele consegue identificar o desempenho da economia dos municípios. Isso facilita criar uma carteira de ações mais eficiente, promovendo maior integração entre municípios e serviços turísticos”, explicou.

A nova Lei Geral do Turismo traz mudanças significativas, como a obrigatoriedade de criar Fundos Municipais de Turismo para municípios no Mapa do Turismo Brasileiro. Segundo Bárbara, 55% das cidades já possuem esses fundos, permitindo maior captação de recursos. “Além disso, a lei fortalece a fiscalização de prestadores de serviços turísticos, delegando aos estados e municípios o poder de monitorar irregularidades. Os recursos oriundos de possíveis sanções deverão ser reinvestidos na própria localidade”, detalhou.

Outro ponto relevante é a inclusão de trabalhadores autônomos no cadastro de prestadores de serviços turísticos. “Isso inclui desde produtores rurais até guias e artesãos, promovendo inclusão econômica e social”, reforçou Bárbara.

As especialistas destacaram ainda a necessidade de capacitação e integração dos serviços oferecidos ao redor dos destinos. “É importante diferenciar os tipos de serviços agregados em uma região e os elementos que atraem visitantes. O turismo local ainda precisa melhorar aspectos como a qualificação da mão de obra e a integração de produtos”, apontou Bárbara Percinoto.

Com a nova legislação, as políticas públicas ganham impulso e fortalecem o turismo como ferramenta de transformação socioeconômica. O Summit Piauí, realizado em Teresina, destacou o protagonismo do Piauí no cenário turístico nacional, mostrando que o estado está no caminho certo para consolidar-se como destino desejável e inovador.

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