Em fevereiro de 2025, Washington, DC, ganhará um novo ponto cultural: o Go-Go Museum & Café, o primeiro museu dedicado à celebração e preservação da música go-go. Originalmente criado na capital dos Estados Unidos, esse estilo musical é uma fusão do funk com percussão e se tornou um ícone da cultura local. O novo espaço, com mais de 750 m² no bairro de Anacostia, será uma verdadeira imersão na história e na essência do go-go, promovendo uma experiência única para os visitantes.
O Go-Go Museum & Café trará tecnologias inovadoras, raras em museus da região, como hologramas de figuras lendárias do movimento, como Ralph Anwan Glover, pioneiro da Backyard Band e estrela de “The Wire”, e Sugarbear da banda EU. Os visitantes poderão interagir com essas projeções, aproximando-se de importantes figuras da cena musical de Washington. Uma das atrações mais inovadoras será uma exposição de grafite digital, onde os frequentadores poderão “pichar” as paredes do museu usando sprays digitais.
Além disso, o museu abriga uma coleção rara de itens pessoais de músicos renomados, como DJ Kool, Maiesha and the Hip Huggers e Chuck Brown, conhecido como o “Padrinho do go-go”. A instalação também será um ponto de encontro para a cultura local, com espaço para apresentações ao vivo, gravações e outros eventos espontâneos que manterão o som do go-go vivo e acessível às futuras gerações.
O estilo musical go-go nasceu no início dos anos 1970 e foi popularizado por Chuck Brown, que misturava funk com ritmos latinos. A proposta do movimento era manter os dançarinos “indo e indo” com a batida constante da percussão, criando uma energia vibrante nas pistas de dança.
A criação do Go-Go Museum é uma iniciativa do ativista comunitário Ron Moten, cofundador do movimento #DontMuteDC, lançado em 2019. O movimento visava aumentar a conscientização sobre o impacto da gentrificação na cultura negra em Washington, DC. O sucesso das manifestações do #DontMuteDC foi o impulso necessário para a criação do museu, que visa preservar a música go-go e garantir que essa parte vital da história de DC não seja apagada.
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