A Embratur confirmou seu retorno à ITB China, uma das principais feiras de turismo da Ásia, após seis anos de ausência. O evento ocorrerá em Xangai, entre os dias 27 e 29 de maio, e faz parte da nova estratégia da Agência para fortalecer a promoção do Brasil no mercado chinês em 2025. Para ampliar a presença nacional, a Embratur lançou um edital para selecionar 12 coexpositores, incluindo entidades institucionais, operadores de turismo receptivo internacional e organizações de marketing de destinos. As inscrições podem ser feitas até 16 de fevereiro pelo site da Agência.

“O chinês é o povo que mais faz turismo internacional no mundo, com cada vez maior poder econômico. E o tipo de destino que o chinês mais procura em longas distâncias não é sol e praia, é muito mais natureza e cultura, segmentos em que o Brasil tem muito a oferecer”, destaca Marcelo Freixo, presidente da Embratur.

A China é hoje o maior mercado emissor de turistas do mundo, mas o Brasil ainda ocupa uma posição discreta entre os destinos mais visitados. Em 2024, o país recebeu 76 mil turistas chineses, um crescimento de 79% em relação ao ano anterior. “Esse crescimento mostra que há espaço para expandirmos nossa participação, e é por isso que estamos voltando com um investimento mais estruturado e com todas as ferramentas conectadas em uma trilha”, afirma Bruno Reis, diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade.

Além da ITB China, o plano estratégico da Embratur inclui parcerias com canais chineses, o lançamento de um site oficial em mandarim, a ativação de um escritório de relações públicas na China e ações voltadas ao trade local. A promoção de ecoturismo e turismo de natureza será uma prioridade, considerando que 35% dos turistas chineses escolhem destinos por esses atrativos e 21% buscam experiências de aventura. “Isso significa que temos uma oportunidade gigante de atrair esse perfil de turista pro Brasil, posicionando destinos como Amazônia, Pantanal e os parques naturais reconhecidos pela Unesco como experiências únicas”, complementa Reis.

A seleção de coexpositores será baseada em pontuação, levando em conta critérios como a presença digital em inglês ou mandarim, a oferta de produtos voltados ao público chinês e a atuação em segmentos prioritários, como turismo de natureza, turismo regenerativo, etnoturismo e turismo de base comunitária.