A Autoridade de Turismo de Malta (MTA) deu mais um passo estratégico para fortalecer o segmento de turismo militar no país. Por meio da marca VisitMalta, a entidade promoveu, no último fim de semana, uma série de eventos comemorativos no Cemitério Militar de Imtarfa, administrado pela Commonwealth War Graves Commission (CWGC), com o objetivo de conectar visitantes à rica herança militar da ilha.
As atividades, realizadas entre quinta-feira (8) e sábado (10), reuniram embaixadores e comissários de países da Commonwealth em um evento de lançamento no local, marcando um momento simbólico e de reflexão. A programação também incluiu duas visitas noturnas guiadas, que permitiram ao público uma experiência sensorial e histórica nos cemitérios de guerra — uma forma de reviver, de maneira respeitosa, o passado militar de Malta.
O projeto integra a iniciativa lançada pela MTA em novembro de 2024, durante o evento Remembrance Weekender, que estabeleceu oficialmente o Turismo Militar como um dos segmentos prioritários da autoridade. A estratégia busca transformar Malta em um “museu vivo” da história militar global, promovendo locais históricos em parceria com a Heritage Malta, a CWGC e outras instituições.
Durante a cerimônia, o CEO da MTA, Carlo Micallef, destacou o poder da narrativa como um dos pilares centrais da proposta. “Hoje, ao estarmos nestes terrenos solenes, somos lembrados da força que há nas histórias. É isso que buscamos com o turismo militar — criar experiências que ressoem de forma profunda com quem procura mais do que uma viagem: uma conexão real com o patrimônio de nossa nação”, afirmou.
Representando a Commonwealth War Graves Commission, Mark Fitzgerald ressaltou a importância do trabalho de preservação da memória dos que serviram. “Malta tem um legado inestimável da Segunda Guerra Mundial. Com nossos passeios guiados em quatro locais principais, contamos as histórias dos homens e mulheres que atuaram na aviação, na marinha, no exército e na medicina, compondo a história coletiva de Malta, da Commonwealth e do mundo”, declarou.
Liam Gauci, historiador da Heritage Malta, reforçou a importância de unir emoção e compreensão como formas de manter viva a memória histórica. “Lembrar é sentir, mas também é entender. A emoção se dissipa com o tempo. O entendimento, por outro lado, se aprofunda. E é assim que a lembrança permanece viva”, disse.