O presidente americano Joe Biden anunciou na noite de terça-feira (1) em seu discurso sobre o Estado da União que proibirá aeronaves russas de sobrevoar o espaço aéreo dos Estados Unidos, aumentando as sanções contra a Rússia por invadir a vizinha Ucrânia.

Os EUA se juntarão a 36 outros países, incluindo o Canadá e as 28 nações da União Europeia, aumentando o estrangulamento da capacidade da Rússia de conduzir negócios e comércio.

“Esta noite, anuncio que nos juntaremos aos nossos aliados para fechar o espaço aéreo americano a todos os voos russos, isolando ainda mais a Rússia e adicionando um aperto adicional em sua economia. Você não tem ideia do que está por vir”, disse Biden, se dirigindo diretamente à Rússia e ao presidente Vladimir Putin.

A Rússia teria que considerar se retribuirá e proibirá os aviões com sede nos EUA de sobrevoar seu espaço aéreo, que tem sido uma rota tradicional leste-oeste para voos que viajam para a Ásia. A reação natural seria ‘sim’, mas, como a revista Time apontou, a Rússia aparentemente ganha um pouco de receita ao permitir que os aviões dos EUA sobrevoem seu espaço aéreo ou pousem em seus aeroportos.

Ainda assim, a decisão de Biden significa mais problemas para o setor de aviação, incluindo aumento dos custos de combustível, mudanças de rota, atrasos e cancelamentos, e a possível necessidade de parar no caminho para uma escala e/ou reabastecimento – sem mencionar a interrupção adicional do mercado global.

Ambos os voos comerciais e de carga seriam afetados por não poder viajar pelo espaço aéreo russo, embora a FedEx e a UPS tenham anunciado dias atrás que estavam suspendendo as entregas para a Rússia. O objetivo das sanções formais – bem como decisões de negócios privados de empresas como FedEx e UPS, ou bares e lojas de bebidas que se recusam a servir bebidas fabricadas na Rússia – é estrangular a economia da Rússia.

“Ao longo de nossa história, aprendemos esta lição – quando os ditadores não pagam um preço por sua agressão, eles causam mais caos”, disse Biden. “Eles continuam se movendo, e os custos e ameaças para a América e o mundo continuam aumentando”, concluiu.