O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), revela que as despesas estimadas pelas empresas com viagens corporativas no primeiro semestre de 2023, alcançaram cerca de R$ 52,3 bilhões, registrando crescimento anual de 18,1%, o melhor desempenho para o período desde 2015.

Em junho, o faturamento foi de R$ 9,4 bilhões, aumento de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com o estudo, o resultado mostra a solidez do crescimento do segmento, com a retomada das viagens de negócios motivadas principalmente pelos preços das passagens aéreas mais moderados do que há um ano.

Por outro lado, com alta demanda da hotelaria, a tarifa média está mais elevada do que em 2022 por conta da expansão dos custos operacionais, que acabam sendo repassados aos consumidores finais, incluindo as empresas. 

Segundo a análise, o volume de viagens é grande, superando a pré-pandemia no modal aéreo. No entanto, as empresas estão mais rígidas sobre a necessidade de realizar uma viagem, seja para uma reunião ou evento. O modelo antigo, de bate e volta para um encontro, já não é uma opção frequente nas organizações.

“O primeiro semestre destacou uma tendência de crescimento sem precedentes. A previsão é que esse aumento persista, embora possam surgir incrementos menos substanciais em termos percentuais. Esses resultados destacam a resiliência e vitalidade do setor, refletindo a importância de investimentos nas viagens de negócios”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.

A economia brasileira apresenta bons resultados em 2023. As empresas estão com mais capacidade de investimento, o que influencia nos deslocamentos corporativos. A expectativa é que a redução da taxa de juros traga consequências ainda mais positivas no médio e longo prazo no sentido de uma economia mais forte para 2024.

No entanto, gargalos de mão de obra qualificada, limitação de conectividade e infraestrutura aquém do desejável, limitam um crescimento ainda mais elevado no segmento corporativo. Mas pelo cenário que passou há poucos anos, estar no patamar atual e com tendência de crescimento no segundo semestre, já é uma grande vitória.

Verifique o conteúdo completo do estudo no link.