De acordo com a análise da TransUnion, a taxa de suspeitas de fraude digital em 2022 registrou aumento de 255,1% no mercado de viagens e lazer. Com isso, não só os viajantes correm risco de fraudes, mas as agências, companhias aéreas e hotéis também, que com frequência terminam assumindo prejuízos desses golpes. Para evitar ações como essas, a Horus Group, empresa especializada em avaliação de risco de fraude, consegue fazer uma análise detalhada em pouco tempo, ajudando os clientes e as empresas a previnir futuros problemas.
Eduardo Daghum, CEO da Horus Group, confirma a vulnerabilidade do setor. “Trabalhamos há bastante tempo com análise de fraude de companhias aéreas. É um setor no qual a maioria das compras são feitas com cartão de crédito, e a utilização de dados falsos é bastante comum. É necessária uma análise de dados bastante criteriosa, porque precisamos levar em conta muitos fatores”, aponta.
A própria natureza das transações digitais no turismo torna-as mais vulneráveis a fraudes em comparação com produtos físicos ou o e-commerce tradicional. Um tipo de golpe comum no setor é conhecido como “Run and Fly”. Nessa modalidade, o fraudador chega ao aeroporto com dados de cartão de crédito roubados e compra a passagem pelo celular e embarca. Geralmente, leva minutos, horas ou até dias para que o verdadeiro proprietário detecte a cobrança fraudulenta e informe ao banco. Neste caso, a companhia paga as consequências, pois precisa bancar o estorno do consumidor final.
“Ao mesmo tempo em que esse tipo de transação deve levantar alertas, é preciso contar com um sistema que consiga identificar as compras verdadeiras e barrar somente as fraudes legítimas para que a companhia aérea não arque também com custos de ações judiciais causadas por barrar bons clientes. Quando uma compra é feita com antecedência, existe um prazo maior para avaliar a transação, mas, nesse setor, muitas vezes um cliente compra uma passagem com curto prazo e as equipes de prevenção precisam identificar a fraude antes do fraudador efetuar o check in. É a brecha que os fraudadores encontram para se aproveitar”, acrescentou Daghum.
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