A Coreia do Norte vai abrir as fronteiras para turistas pela primeira vez desde o início de 2020, quando o país bloqueou as fronteiras para evitar a entrada de covid-19 no território. Os primeiros visitantes são turistas russos que vão passar pela capital Pyongyang e curtir as férias numa estação de esqui.

Vale destacar que a Coreia do Norte impôs alguns dos controles de fronteira mais rigorosos do mundo durante a pandemia e ainda não reabriu totalmente para os turistas estrangeiros. Segundo a agência de notícias Reuters, o processo de negociação para a viagem foi iniciada em dezembro, quando Oleg Kozhemyako, governador de Krai do Litoral, visitou Pyongyang.

A excursão de quatro dias tem início em 9 de fevereiro e inclui paradas em Pyongyang e em uma estação de esqui, de acordo com o itinerário publicado pela agência. O pacote turístico custa cerca de US$ 750 (R$ 3.636) e inclui uma visita à estação de esqui Masikryong, estadias em hotéis de quatro ou cinco estrelas e voos entre Vladivostok, Pyongyang e Wonsan, informou a agência de notícias estatal russa TASS.

Simon Cockerell, gerente geral da Koryo Tours, sediada em Pequim, que não está envolvida na viagem, disse à Reuters que seus parceiros na Coreia do Norte confirmaram que a visita russa está acontecendo em circunstâncias especiais.

“É um bom sinal, mas eu hesitaria em dizer que isso necessariamente levará a uma abertura mais ampla devido às circunstâncias especiais dessa única viagem”, disse ele. “Mas, considerando que não há turistas há mais de quatro anos, qualquer viagem de turismo pode ser vista como um passo positivo.”

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram para uma cúpula no leste da Rússia em setembro, onde prometeram aprofundar a cooperação nas frentes econômica, política e militar, apesar das sanções internacionais. Vale destacar que o Turismo não é afetado pelas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (Onu) que restringem os negócios com a Coreia do Norte devido a seus programas de armas nucleares e mísseis balísticos.