O tempo de espera para agendar a entrevista do visto americano de turismo chegou a 66,4 dias na quarta semana de março, considerando a média dos cinco postos diplomáticos dos EUA que emitem o documento no país. No mesmo período de 2023, por exemplo, o tempo médio de espera era de 447 dias – o equivalente a 15 meses. De lá para cá, a Embaixada dos EUA contratou novos funcionários e ampliou a capacidade de atendimento ao público para dar conta da demanda e do acúmulo de pedidos criado durante a pandemia.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela assessoria de imigração Viva América, que desde novembro de 2022 monitora as atualizações semanais do Departamento de Estado americano para identificar a evolução da fila de espera na emissão do visto de turismo (B1/B2) para os brasileiros.
O Brasil é o terceiro país que mais recebeu vistos americanos em 2023 (1,15 milhão), ficando atrás apenas do México (2,5 milhões) e da Índia (1,4 milhão). Em geral, o visto de turismo responde por cerca de 95% do total de emissões para brasileiros. Atualmente, o consulado da cidade do Rio de Janeiro é o posto diplomático dos EUA com a maior fila de espera: 193 dias, seguido por São Paulo (57), Recife (23 dias), Porto Alegre (15) e Brasília (14).
“Em 2023, São Paulo chegou a registrar 632 dias de fila, que era uma das maiores do mundo. No entanto, o investimento da Embaixada começou a surtir efeito a partir do segundo semestre e agora temos um tempo já normalizado”, destaca Rodrigo Costa, CEO do Viva América. Historicamente, o consulado paulista é terceiro que mais emite vistos no mundo, atrás apenas dos de Monterrey e da Cidade do México.
O executivo do Viva América ressalta ainda que a fila do visto americano é volátil, variando ao longo das semanas de acordo com diversos fatores, como feriados, férias e licenças dos funcionários consulares e aumentos repentinos na demanda. No começo de março por exemplo, eram 134 dias em média de espera.
“Nossa expectativa é de que, ao longo de 2024, a fila para a emissão do visto B1/B2 flutue em torno de 30 a 60 dias, podendo aumentar um pouco mais em períodos de maior pico. Até porque a Embaixada já conseguiu dar conta dos pedidos acumulados da pandemia e agora vai lidar apenas o volume normal de solicitações”, diz Costa.
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