Após painéis e palestras sobre a importância das operadoras na comercialização dos destinos turísticos paulistas, o Workshop ValorizaSP, realizado pela Secretaria de Viagens e Turismo do estado de São Paulo (Setur-SP), encerrou nesta quinta-feira (11) com uma apresentação de Luis Antonio Sombrinho, consultor da InvestSP – Conectividade e Programa Stopover. Com o tema “São Paulo um destino mundial: Receptivos SP”, o palestrante discorreu sobre estratégias para promover o Turismo em todo o estado. Destacando a importância do trabalho das operadoras, agências, associações e demais entidades públicas e privadas neste esforço.
“Como aponta o Anuário Braztoa 2023, a cidade de São Paulo foi o destino nacional mais vendido pelas operadoras em 2023. No entanto, temos outras centenas de municípios que precisam receber mais turistas. Aí está a importância de todo esse esforço coordenado dos atores públicos e privados”, argumenta Sombrinho.
O consultor destaca ainda que o problema do Turismo no estado não é a questão de mobilidade. “Afinal, São Paulo conta com mais de 35 mil quilometros de estrada. A maior forta de carros para locação, com mais de 64 mil automóveis, e cerca de 90 mil passageiros em terminais rodoviários por dia. Os municípios são acessíveis. Não só isso, mas o estado é acessível, com mais de 79 milhões de pessoas passando pelos aeroportos principais e regionais”, elucida Sombrinho. “A questão é ‘Onde eu compro’?”, pontua.
“Chegou a hora de quebrar o paradigma e juntar a cadeira de produção turística. Juntar todos os atrativos, destinos, receptivos, empreendimentos com as operadoras para montar roteiros por todo o estado de São Paulo. A secretaria tem feito grandes trabalhos divulgando guias de turismo de diversos perfis, por uma multiplicidade de canais digitais, além de capacitações e roadshows, mas precisamos de roteiros”, afirma Sombrinho, destacanado exemplos de outros destinos internacionais.
Sintentizando os objetivos a serem traçados pelo Turismo do estado, Sombrinho destaca um leque de estratégias. Entre elas, trabalhar simultaneamente as demandas espontâneas e programadas. “Ambas são importantes, pois representam diferentes perfis de consumidor, especialmente em virtude do modelo de trabalho de cada turista. Profissionais liberais não conseguem programar férias tão bem quanto outros tipos de trabalho. São grupos diferentes, demandas diferentes”, explica o consultor.
Em virtude disso, Sombrinho recomenda sempre apostar em produtos sazonais, de oportunidade, além de estimular compras com antecedência. De acordo com dados de planejamento de compra da Futura Inteligência, 68% das pessoas planejam viagens com até seis meses de antescedência e 87,5% em até 12 meses de antecedência. “O parcelamento, nesse caso, permite que as pessoas saiam para a viagem com tudo pago”, afirma o consultor.
“Para isso, precisamos do apoio dos municípios e empresários de todo o estado para que toda cadeia de Turismo possar tornar isso possível. Somos grandes emissores, mas precisamos receber. Afinal, o Turismo é uma alavanca do desenvovimento econômico do estado”, finaliza Sombrinho.
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