A comunidade do Tumbira, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, no Amazonas, tem passado por uma transformação econômica e social desde a chegada do turismo de base comunitária. Antes, as principais atividades eram a carpintaria, a extração de madeira e a produção de farinha, que exigiam um esforço físico intenso e longos períodos longe da família. Hoje, o cenário é diferente: os moradores encontraram no turismo uma alternativa sustentável e mais rentável para a geração de renda.
“O turismo trouxe uma mudança muito positiva para nós. Hoje, trabalhamos de forma tranquila, sem precisar nos afastar da família por tanto tempo e sem a preocupação de causar impactos negativos no meio ambiente”, conta Vilson Senna, gerente operacional da Poranduba e morador da comunidade.
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Vilson Senna, Bruno Mangolini, CEO da Poranduba Amazônia e Manoel Garrido. Foto: Rafael Destro
A rotina na comunidade passou por uma grande mudança. Antes, os trabalhadores precisavam se deslocar para áreas remotas por semanas ou até meses, enfrentando desafios como transporte de materiais pesados e condições adversas do local. Atualmente, a atividade turística permite que os moradores permaneçam em suas casas, proporcionando uma melhor qualidade de vida e uma relação melhor com a floresta.
Manoel Garrido, outro morador do Tumbira e responsável pelo passeio de trator pela “Trilha dos angelins ferros”, reforça a mudança de atitude. “Antigamente, víamos a floresta como um recurso a ser explorado. Hoje, entendemos que ela tem muito mais valor em pé. O turismo nos mostrou que podemos preservar a natureza e, ao mesmo tempo, garantir nosso sustento.”
A implementação do turismo de base comunitária na região contou com o apoio de diferentes instituições como a Poranduba Amazônia. Porém, os moradores são dedicados e organizadores garantindo estrutura para que os turistas possam aproveitar e se impressionar com a comunidade. O turismo beneficia diretamente outras atividades como artesanato, gastronomia e serviços gerais para construções.
Com cerca de 135 habitantes, o Tumbira hoje tem no turismo seu principal motor econômico. Agora eles preservam a floresta e mesmo assim tem uma renda. “Hoje, temos orgulho de dizer que a floresta continua de pé e que estamos construindo um futuro melhor para as próximas gerações”, conclui Senna.
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