O Mato Grosso do Sul está determinado a transformar cultura em vetor de atração turística. Durante a WTM Latin America 2025, Bruno Wendling, diretor-presidente da Fundação de Turismo do Estado (Fundtur-MS), apresentou ao Brasilturis a nova estratégia de promoção do destino, unindo os principais festivais culturais ao lançamento de voos diretos da Azul para Bonito e Corumbá, duas das cidades mais icônicas do estado.
“Este ano, não lançamos apenas o Festival de Inverno de Bonito. Lançamos os Festivais do Mato Grosso do Sul como um selo cultural”, destacou Wendling, apontando a força da arte, música e gastronomia da região. O foco é transformar eventos já consolidados em ferramentas estratégicas de geração de fluxo turístico. A iniciativa inclui quatro grandes celebrações: Festival América do Sul, Festival de Inverno de Bonito, Bonito CineSul (de cinema sul-americano) e o São João de Corumbá.
Corumbá, tida como o berço cultural do estado, sedia de 15 a 18 de maio o Festival América do Sul. A programação contará com Alcione, Pixote, Xamã, Dudu do Cavaco e a Orquestra América do Sul, que reúne músicos de diversos países do continente. Outro destaque é a participação do Buena Vista Social Club, com integrantes de Cuba e da Argentina.
Já Bonito receberá o tradicional Festival de Inverno entre 20 e 24 de agosto. Elba Ramalho com Maestro Spok abrem o evento, seguidos por nomes como Titãs, Samuel Rosa, Jorge Aragão e Guilherme & Santiago. Segundo Wendling, “são eventos multiculturais que englobam 17 áreas da cultura e valorizam também a gastronomia regional”.
Para facilitar o acesso aos destinos, a Azul lançou voos diretos de Campinas para Bonito e Corumbá, substituindo o antigo modelo circular. “Nosso foco não é só criar demanda, mas atender com qualidade quem já chega ao estado. Só a pesca esportiva em Corumbá movimenta 20 mil turistas por ano, gerando até R$ 200 milhões”, ressaltou o dirigente.
Os voos terão frequências de três a quatro vezes por semana, conectando diretamente os turistas a destinos de ecoturismo, cultura e aventura. Além disso, a região investe na diversificação de produtos com iniciativas como cruzeiros ecológicos, afroturismo, trilhas de longo curso na Serra do Amolar e o turismo de base comunitária.
Com apoio do governo estadual e prefeituras locais, os festivais são uma vitrine para a cultura sul-mato-grossense e uma ferramenta de desenvolvimento econômico. “A cultura fomenta a economia local. É investimento alto, mas com grande retorno para o turismo e para a população”, concluiu Wendling.
