Companhias aéreas dos Estados Unidos e da Europa decidiram suspender novamente seus voos para Tel Aviv, Israel, depois que um míssil disparado pelos rebeldes houthis do Iêmen caiu nas proximidades do aeroporto Ben Gurion no dia 4 de maio. O ataque gerou nova onda de cautela entre as empresas, que haviam começado a retomar suas operações para a região nos últimos meses, após paralisações iniciadas em outubro de 2023.
Entre as empresas afetadas, a Delta e a United haviam retomado os voos recentemente — a Delta no dia 1º de abril e a United em 15 de março — mas agora suspenderam os serviços novamente. Ambas emitiram isenções para remarcação de passagens: no caso da Delta, para viagens programadas entre 4 e 11 de maio, desde que os bilhetes tenham sido emitidos até 4 de maio; no caso da United, para os bilhetes emitidos até 3 de maio. A American Airlines, por sua vez, ainda não havia retomado os voos para Israel desde as suspensões do ano passado.
O Lufthansa Group, que abrange as marcas Lufthansa, Austrian Airlines, Brussels Airlines, Swiss e ITA Airways, também anunciou a suspensão de seus voos para Tel Aviv, pelo menos até 6 de maio. “Os passageiros afetados serão notificados e remarcados em voos alternativos, sujeitos à disponibilidade”, informou o site oficial do grupo alemão.
Outras companhias aéreas haviam cancelado os voos no domingo ou estendido a paralisação até a segunda-feira, mas, segundo informações da Reuters, algumas planejavam retomar as operações nos dias seguintes, monitorando atentamente a situação no país.
Desde os ataques do Hamas em outubro passado, o setor aéreo internacional tem mantido atenção redobrada em relação a Israel. Apesar da tentativa de normalização nos últimos meses, episódios como o disparo do míssil por parte dos houthis mostram que o cenário ainda é instável e exige ajustes rápidos por parte das companhias para garantir a segurança dos passageiros e das tripulações.
A situação em Tel Aviv reforça como os conflitos regionais seguem impactando diretamente o setor aéreo global, com efeitos em itinerários, reservas e operações comerciais, exigindo comunicação ágil e flexibilidade por parte das empresas. As decisões sobre suspensão ou retomada de voos estão sendo tomadas dia a dia, acompanhando a evolução do contexto geopolítico.