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Falhas na configuração de voo são foco após queda de avião da Air India

Investigadores apontam que flaps e trem de pouso podem ter comprometido decolagem do Boeing 787 Dreamliner, que matou 241 pessoas na Índia

Um possível erro na configuração de voo é uma das principais hipóteses para explicar o acidente com o voo AI171 da Air India, que caiu nesta quinta-feira (12) em uma área residencial de Ahmedabad, na Índia, causando a morte de 241 pessoas. A aeronave, um Boeing 787 Dreamliner com destino a Londres (Gatwick), transportava 230 passageiros e 12 tripulantes. Houve apenas um sobrevivente: o britânico Vishwash Kumar Ramesh, que está hospitalizado.

De acordo com especialistas em segurança aérea, os primeiros vídeos e relatos do acidente sugerem que a aeronave percorreu praticamente toda a extensão da pista de 11 mil pés (cerca de 3,3 mil metros), mas não conseguiu ganhar altitude. “Isso indica possível falha de potência, erro de configuração ou inserção incorreta dos dados de peso no sistema da aeronave”, afirmou Bob Mann, da consultoria RW Mann & Co.

Segundo ele, quando os dados de peso inseridos são inferiores ao real, o avião pode tentar decolar com potência insuficiente. Já valores superestimados levam a uma decolagem excessivamente agressiva. Mann destacou ainda que os flaps — peças fundamentais para gerar sustentação — pareciam estar em posição incorreta.

Outro ponto observado é que o trem de pouso do avião não foi recolhido, algo que costuma ocorrer logo após a decolagem. Para Jeff Guzzetti, ex-chefe de investigações da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA), isso pode indicar falha na sequência de comandos dos pilotos ou até erro humano. “É possível que os flaps tenham sido recolhidos por engano no lugar do trem de pouso”, afirmou.

Guzzetti também apontou que não há indícios visíveis de falhas estruturais, explosões ou falhas nos motores. “O avião simplesmente não subiu após sair da pista, o que pode ser resultado de uma cadeia de erros técnicos e humanos”, declarou.

A Air India confirmou que o acidente resultou em 241 mortes, incluindo vítimas no solo, já que a aeronave colidiu com residências da região. Entre os passageiros estavam 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. A companhia emitiu uma nota de pesar e informou que enviou uma equipe a Ahmedabad para prestar assistência às famílias das vítimas e colaborar com as investigações.

Autoridades indianas serão apoiadas por equipes do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) e da FAA. A análise das caixas-pretas — o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo — será essencial para determinar o que causou a tragédia e entender os últimos momentos do voo.

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Kamilla Alves
Kamilla Alves
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