A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou, nesta segunda-feira (30), a nomeação do servidor Adriano Pinto de Miranda como diretor-presidente interino da autarquia. A decisão da Diretoria Colegiada da Anac foi baseada na lista tríplice de substituição da Agência, que estabelece os nomes habilitados para assumir provisoriamente funções diretivas em caso de vacância.
Miranda ocupará o posto por um período de até seis meses ou até que seja feita a nomeação oficial de um diretor-presidente titular pelo presidente da República. A convocação segue o rito interno da Agência e ocorre após a gestão interina de Roberto Honorato, superintendente de Aeronavegabilidade, que esteve à frente da presidência da Anac desde 2 de janeiro de 2025.
Com a transição, Honorato retorna à função de diretor substituto, cargo que também é ocupado atualmente por Mariana Altoé, conforme composição vigente da diretoria colegiada.
Perfil técnico com trajetória consolidada
Bacharel em Direito e servidor da Anac desde 2007, Adriano Miranda reúne uma trajetória marcada por passagens por áreas estratégicas da agência. No início de sua carreira, atuou em processos relacionados a outorgas de serviços aéreos e, a partir de 2011, passou a integrar as equipes envolvidas na regulação econômica de aeroportos.
Com o tempo, assumiu postos de maior responsabilidade: em 2020, tornou-se titular da Superintendência de Regulação de Aeroportos, e em 2023, foi alçado à Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos, responsável por fiscalizar e garantir a qualidade da prestação de serviços no transporte aéreo regular e não regular.
Desde fevereiro de 2025, Miranda já exercia o cargo de diretor substituto na Anac, o que o habilitava, conforme a lista de substituição, a assumir a função de diretor-presidente interino, agora oficializada pela agência.
A mudança na presidência interina da Anac ocorre em um momento de atenção para a aviação civil brasileira, especialmente diante de processos de ampliação de malha aérea, concessões de aeroportos e desafios regulatórios envolvendo segurança e eficiência operacional. A expectativa é de que Miranda mantenha a continuidade administrativa, enquanto o governo federal conduz o processo para nomear um titular definitivo.
A nova gestão provisória terá como foco manter o alinhamento estratégico da Anac com os interesses do setor aéreo, assegurando estabilidade institucional até a definição de um novo comando formal.