O estado de São Paulo testemunhou um aumento de 3,8% no tráfego de veículos em suas rodovias ao longo de 2023, revela o Monitor de Tráfego nas Rodovias, uma colaboração entre a Veloe e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Esse crescimento no movimento nas rodovias paulistas no ano passado foi impulsionado tanto pelo tráfego de veículos leves (+3,8%) quanto pelo de veículos pesados (+3,3%). Contudo, em termos históricos, o resultado de 2023 ficou aquém dos aumentos registrados em 2021 (+7,5%) e 2022 (+6,5%).
Em contrapartida, no período entre novembro e dezembro de 2023, o Índice de Tráfego de Veículos nas Rodovias registrou uma diminuição de 1,9% no fluxo total de veículos no estado de São Paulo. Nesse cenário, a queda foi mais significativa entre os veículos pesados (-2,4%) do que entre os veículos leves (-0,9%). Entretanto, em comparação com dezembro de 2022, os índices indicaram um crescimento no tráfego (+2,0%), resultado do aumento nos fluxos de veículos leves (+1,7%) e pesados (+3,9%) nas vias.
No estado do Rio de Janeiro, o ano de 2023 encerrou-se com um aumento acumulado de 8,7% no tráfego nas rodovias, conforme revelado pelo Índice de Tráfego de Veículos nas Rodovias. Esse crescimento significativo envolveu tanto o tráfego de veículos leves (+8,2%) quanto o de veículos pesados (+12,2%). Comparativamente a anos anteriores, o aumento anual no tráfego superou os resultados de 2022 (+4,2%), mas ficou abaixo do crescimento observado em 2021 (+15,0%).
Já no período entre novembro e dezembro de 2023, o Índice de Tráfego de Veículos nas Rodovias registrou um recuo de 1,7% no fluxo total de veículos no estado fluminense. Essa redução foi mais expressiva entre veículos leves (-2,2%) do que entre veículos pesados (-0,6%). No entanto, em comparação com dezembro de 2022, o tráfego apresentou um crescimento notável (+10,2%), resultado do aumento nos fluxos de veículos leves (+9,5%) e pesados (+15,1%).
O crescimento nos índices de tráfego em 2023 pode ser atribuído a diversos fatores que impulsionaram a dinâmica econômica e social. Entre esses elementos destacam-se o crescimento da economia brasileira, que estimulou o fluxo de insumos, matérias-primas e produtos agropecuários e industrializados ao longo das cadeias de valor. Além disso, a melhora no mercado de trabalho, refletida no aumento do emprego e renda das famílias, contribuiu para decisões de gastos relacionados a viagens e turismo.
Outros fatores relevantes incluem a queda nos preços dos combustíveis, condição que pode ter incentivado o deslocamento por meio rodoviário. As condições climáticas favoráveis também podem ter desempenhado um papel importante, aumentando o fluxo de veículos em direção ao litoral. Adicionalmente, o número de feriados prolongados ao longo do ano pode ter influenciado positivamente o aumento do tráfego, proporcionando oportunidades para deslocamentos e atividades de lazer.
No contexto específico do Rio de Janeiro, o aumento expressivo no movimento de veículos nas rodovias pode estar relacionado à vocação natural da economia fluminense, que se beneficia do crescimento nos gastos com turismo e viagens das famílias. Essa tendência foi reforçada pela melhora no cenário econômico doméstico, somada ao calendário e clima propícios a atividades turísticas.
