O turismo em São Paulo segue em franca expansão. Após registrar 49 milhões de turistas em 2024, sendo 2,3 milhões de estrangeiros, o estado projeta alcançar mais de 50 milhões de visitantes em 2025 — número histórico impulsionado por estratégias estruturantes, eventos internacionais e maior articulação com o trade nacional e internacional.
Segundo Roberto de Lucena, secretário de Turismo do Estado de São Paulo, os dois primeiros meses de 2025 já sinalizam uma curva de crescimento expressiva, com mais de 500 mil turistas estrangeiros recebidos — um recorde absoluto.
“Estamos colhendo os frutos de um trabalho contínuo, com forte apoio do governador Tarcísio de Freitas. Apostamos em roadshows, promoção internacional e integração entre os setores público e privado. O resultado é um turismo mais diversificado, capilarizado e competitivo”, afirma Lucena.
Entre os pilares da atual gestão está o reposicionamento de São Paulo como destino completo. Antes visto majoritariamente como polo de turismo corporativo, o estado agora se promove também como referência em gastronomia, cultura, lazer, natureza e eventos. Grandes festivais, como o Lollapalooza e o The Town, que mobilizou mais de 500 mil pessoas em sua primeira edição, são exemplos dessa nova fase. “São Paulo entrou de vez no mapa global dos grandes eventos”, destaca o secretário.
A infraestrutura também tem recebido atenção especial. Desde 2023, mais de R$ 600 milhões foram transferidos aos municípios turísticos, e a expectativa é de ampliação desses investimentos. No campo do turismo náutico, oito estruturas já foram inauguradas, com mais cinco previstas para os próximos dois meses. Já o turismo ferroviário e o de mergulho ganham força com projetos em andamento e a criação de 99 pontos oficiais de mergulho, além de um museu subaquático em fase de implantação.
Outro destaque é a qualificação da mão de obra turística. O governo lançou a Academia do Turismo, com a meta de capacitar 100 mil pessoas até o fim de 2026 em profissões ligadas a toda a cadeia produtiva do setor. Paralelamente, São Paulo será sede da futura Escola Nacional do Turismo, uma iniciativa do Ministério do Turismo em parceria com a ONU Turismo, cuja instalação já conta com o apoio institucional do ministro Celso Sabino.
No âmbito da inteligência de mercado, São Paulo intensificou sua parceria com a Embratur e o CIET (Centro de Inteligência da Economia do Turismo), com foco na produção de dados confiáveis para planejamento estratégico. “Teremos até 20 observatórios regionais em rede com o CIET até o fim do ano. Isso vai permitir decisões mais técnicas, estratégias de longo prazo e atuação tática mais precisa”, reforça Lucena.
O estado também se destacou recentemente no cenário de cruzeiros marítimos ao participar, pela primeira vez, da Seatrade Cruise Global — a principal feira do setor, realizada nos Estados Unidos. A movimentação se justifica: São Paulo responde por 60% dos embarques e desembarques de cruzeiros do país, com destaque para os portos de Santos, Ilhabela e, futuramente, Ubatuba, cuja reintegração às rotas está sendo articulada.
Entre os mercados internacionais que mais enviam turistas ao estado estão Argentina e Estados Unidos, seguidos por Portugal, Alemanha, Inglaterra e Espanha — este último com crescimento notável nos últimos meses, atribuído às ações de promoção na Europa.
“São Paulo virou um verdadeiro canteiro de obras para o turismo. Estamos trabalhando com seriedade, visão estratégica e entusiasmo, sempre com o respaldo do governador e o apoio do trade. O futuro do turismo paulista é promissor”, finaliza Lucena.