Após o anúncio da escolha de Daniela do Waguinho para assumir o Ministério do Turismo, as principais entidades do setor, no Rio de Janeiro, planejam um encontro com a executiva. O objetivo é apresentar o dossiê elaborado pelo trade e que engloba as principais demandas do Turismo no Brasil e, também, apresentar os gargalos no estado do RJ.

Para Marcelo Conde, presidente da Associação Rio Vamos Vencer, é importante uma gestão que envolva a União, os estados e municípios e a mobilização da iniciativa privada. “Precisamos de um Ministério com dotação orçamentária e com uma equipe profissional, que posicione o Brasil em um nível compatível com outros países de destaque e que olhe também para o RJ, a vitrine internacional do nosso País”, enfatizou Marcelo Conde.

Conde destaca que demandas como o reequilíbrio operacional entre os aeroportos RIOgaleão e Santos Dumont são pautas que impactam todo o País. “É preciso intervenção imediata do governo de forma a ajustar a oferta de voos nos dois aeroportos, assim como o equilíbrio tarifário. O RJ é um destino essencial para aumentarmos a conexão internacional do Brasil e para proporcionarmos a ampliação da distribuição e criação de voos internos, o que beneficia todo o País”, enfatizou.

A presidente da Abeoc Nacional, Fatima Facuri, relembra o alcance socioeconômico do turismo, que não se limita apenas às viagens de lazer. “Precisamos eleger o turismo como estratégia de desenvolvimento e trabalhar na criação de políticas públicas que contribuam com um ambiente de negócios desburocratizado, inovador, colaborativo e com segurança jurídica”, ressaltou Fatima Facuri.

Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) e diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC), destaca a força da indústria como geradora de empregos e renda. “O turismo hoje é uma força consolidada na economia brasileira, com mais de R$ 670 bilhões em PIB (7,7% do PIB brasileiro) e a sustentação de 7,5 milhões de empregos diretos e indiretos. No entanto, ainda se desenvolve em um nível muito aquém de seu potencial”, destacou Alexandre Sampaio.

Marcelo Conde acrescenta que o setor está com uma expectativa positiva na priorização do Turismo pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Alckmin, e destaca que a atividade é muito rápida na geração de empregos. O dirigente reforça ainda que existem projetos importantes em tramitação, como o Projeto de Lei 442/1991, que legaliza os jogos no Brasil, e pede que a nova Ministra do Turismo olhe para este pleito com visão estratégica.

“O texto permite a instalação de cassinos em resorts como parte de complexo integrado de lazer ou em embarcações construídas especificamente para esse fim e contará com uma alíquota fixa de 17% sobre a operação das apostas, e fixa em 20% a incidência de Imposto de Renda sobre prêmios a partir de 10 mil reais. A geração de empregos e de renda, a partir da aprovação desta atividade, é imensurável”, finalizou.


Leia também: Ministério do Turismo cria Rede Brasileira de Cidades Criativas