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Biodiversidade e Sustentabilidade foram tema no 2º dia do Connection Experience

Peru, um país grande e multicultural, trouxe como tema a “Biodiversidade e Sustentabilidade” durante as palestras do Conexão Brasil, no Connection Experience Terroirs do Brasil. Além do Peru, também foram apresentados a IGP do Guaraná de Maués (AM) e o Queijo do Marajó (PA). Maria Del Carmem Reparaz, gerente de Turismo e Cultura do município de San Izidro (Peru), apresentou dados onde mostram que o país esta cada vez mais desenvolvido na economia verde e nos novos valores do consumidor moderno.

Peru é o terceiro maior país da América do Sul e atualmente conta com 12 Patrimônios Mundiais reconhecidos pela Unesco, 15 parques nacionais, 19 reservas nacionais, nove santuários nacionais, oito zonas reservadas e entre outros espaços. Maria destacou que o destino abriga, aproximadamente, 25 mil espécies de plantas, que representa 10% de todo o mundo.

Atualmente, são 31,5 milhões de habitantes. Na Costa do Chile, o Peru tem 11% de território, e desse percentual 52% é da sua população; La Siera tem 30% do território peruano com 36% de sua população; 59% da Floresta Amazônica pertence ao peru, e sua população é de 12%;

“Peru é um país multicultural, cheio de tradições, gastronomia premiada e vastas reservas naturais”, comenta Maria.

Guaraná de Maués (AM)

Ainda no painel de “Biodiversidade e Sustentabilidade”, Luca D’ambros, produtor rural e vice-presidente da Associação de Produtores da Indicação Geográfica de Procedência (IGP), destacou alguns dados importantes sobre o Guaraná. O produto tradicional da região, que também é a segunda herança indígena, possui uma mão de obra em prevalência familiar – ou seja, vai passado de geração em geração. Apesar do Guaraná ser usado em alimentos, fitoterápicos e consumo em natureza, é nas bebidas que o produto possui o maior número de consumo (70%).

Só em 2021 a produção brasileira representou 2.700t/ano, sendo que os destinos com maior destaque em produção foram: Bahia (67%), Amazonas (23%) e Mato Grosso (6%). O produtor também apresentou a diferença, com o passar dos anos, no preço do kg do Guaraná: nos anos 90 custava R$ 35/kg; nos anos 2000, R$ 4/kg e, em 2010, R$ 15/kg.

Segundo Luca, o produto amazônico está em harmonia com o meio ambiente. Em 2019 ocorreu o reconhecimento da IG pelo INPI, enquanto em 2020 sete produtos foram autorizados, 2,5t de sementes foram beneficiadas em pó e duas marcas no mercado. Já em 2021, o número aumentou: 15 produtos autorizados, 18t de sementes comercializadas e três marcas no mercado. Por fim, em 2022, a valorização do Guaraná foi ainda melhor, já que 45 produtos foram autorizados, 30t de sementes comercializadas, quatro marcas no mercado e uma exportação para Portugal.

Queijo de Marajó (PA)

Localizada no extremo Norte do Brasil, a ilha de Marajó carrega a responsabilidade de ser a maior ilha fluvio-marítima do mundo e ser detentora dos búfalos, que se tornaram símbolo da região e são, hoje, parte importante da economia do Marajó.

Os primeiros búfalos chegaram à ilha entre o final do século XIX e o início do século XX. Até aquele momento, o queijo era produzido por fazendeiros portugueses e franceses e tinha como matéria-prima o leite da vaca. Com o passar dos anos, o rebanho de búfalos foi crescendo e o produto começou a ser elaborado exclusivamente com leite de búfala.

“O queijo de Marajó conta a nossa história, ele tropas um pedacinho da ilha. Eu nunca vou dizer que ele é o melhor, porque cada mestre traz a sua história e a sua técnica, que é passado de geração, mas o nosso queijo está alcançando diversas barreiras, apesar de uma trajetória bastante conturbada”, explica Gabriela Gouvêa Moura, produtora rural e presidente da Associação de Produtores de Leite e Queijo do Marajó.

Sebrae-SC

Alan David Clauman, coordenador de Turismo do Sebrae-SC, falou sobre as IGs em Santa Catarina, projetos que estão pensando com os Agentes Locais de Inovação, as regras de uso da marca e a diferença de biodiversidade e agrobiodiversidade. Clauman também falou que em termos de condições geográficas, a serra catarinense possui quatro registros de IGs que trazem singularidades a diversos produtos.

Em parceria com o Sebrae-SC, os Agentes Locais de Inovação estão trabalhando em diversos projetos para potencializar ainda mais o turismo nas regiões de IGs. “Há um tempo nós estamos buscar fortalecimento e desenvolver modelos de negócio inovadores: trazer para as escolas informações sobre as IGs, para que as crianças continuem a valorizar os produtos produzidos em seu território. Afinal de contas, se as crianças e a comunidade local não fizerem isso dificilmente os turistas farão”, comenta o coordenador.

Outro assunto no Conexão Brasil foi o alho roxo de Santa Catarina, que é um produto que está em processo de conseguir a Indicação Geográfica. A região é uma das que mais produz alho e sementes para todo o Brasil, e o objetivo do Sebrae-SC é trazer o trade turístico para essas informações e, juntos, refletir sobre como esses produtos podem estar mais agregados a construção de produtos turísticos.


Leia também: SEBRAE: CONHEÇA OS CRITÉRIOS PARA O RECONHECIMENTO DE UMA IG

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