A Embratur e a Confederação Nacional do Comércio (CNC) chegaram a um acordo nesta quarta-feira (24) para que o Sesc e Senac apoiem ações de promoção internacional do turismo realizadas pela agência. O acordo, feito em conjunto com o Planalto, também incluiu o compromisso do governo federal de garantir novas fontes de receita para a Embratur.

Sesc e Senac destinarão R$ 100 milhões por ano através da prestação de serviços de apoio ao turismo internacional. As ações serão realizadas pelos próximos 48 meses, somando R$ 400 milhões. A direção da Embratur se reunirá com representantes das entidades para elaborarem juntos um plano de trabalho. Já o presidente Marcelo Freixo se encontrará com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para encaminhar o suporte do governo à agência.

“Essa foi uma vitória do diálogo. Fechamos um acordo que tem dois pilares: parceria com o Sesc e o Senac para promover o turismo e a garantia do apoio do governo federal para garantir fonte de receita para a Embratur. Esses acordos são fundamentais para que a agência, que vai completar 57 anos de fundação neste ano, não tenha que paralisar as atividades em 2024 por falta de dinheiro”, explicou Freixo.

Ele destacou que o planejamento da Embratur é fazer com que a quantidade de turistas estrangeiros que entram em nosso país saltem de 6 milhões para 8 milhões em quatro anos. “Isso significa cerca de R$ 10 bilhões a mais em nossa economia a cada ano, é mais demanda para construir hotéis, ampliar aeroportos, construir parques e museus, é mais demanda no comércio e nos restaurantes, mais emprego e renda em todo o país”, detalhou.

O presidente da Embratur ressaltou que o debate sobre o financiamento da agência foi fundamental para colocar o turismo na agenda nacional e mostrar para os brasileiros a relevância econômica do setor para o desenvolvimento econômico do país. 

“A cada R$ 1 que a gente investe na promoção internacional, R$ 20 entram na economia através do consumo dos nossos visitantes. O turismo movimenta mais de 500 atividades econômicas, principalmente do setor do comércio e serviço. E emprega, formalmente, 7 milhões de brasileiros. Estamos falando de uma atividade econômica estratégica”, afirmou.

Marcelo Freixo também lembrou que o Brasil está atrás dos vizinhos latinoamericanos quando o assunto é investimento na promoção internacional do turismo. Segundo dados de 2019 levantados pela Embratur, o México investiu US$ 490 milhões; a Colômbia, US$ 100 milhões; Peru e Argentina destinaram ao setor US$ 64 milhões e US$ 60 milhões, respectivamente.

Já o Brasil investiu apenas US$ 13 milhões naquele ano, ficando muito atrás dos principais concorrentes. “É inaceitável que um país das dimensões territoriais e econômicas do Brasil, com um leque variado de destinos e atrações turísticas incomparáveis, invista tão pouco na promoção e fique tão atrás dos nossos vizinhos. Nós temos potencial de gerar muito mais emprego e renda através da Embratur”, disse.