A primeira edição do The Town parece ter agradado ao público. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Observatório de Turismo e Eventos da capital, vinculado à São Paulo Turismo (SPTuris), 90,5% do público do festival pretendem voltar ao evento daqui a dois anos. De 0 a 10, a nota média para o festival ficou em 8,1.

De acordo com o estudo, 26,7% do público eram turistas que vieram do interior paulista e de outros estados, o que implica dizer que mais de 130 mil, das 500 mil, pessoas que assistiram aos shows realizados no Autódromo de Interlagos nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro eram de fora da capital e gastaram, em média, R$ 962,24 com o evento. O gasto médio dos moradores da cidade foi de R$ 830,44.

Tudo isso movimentou a economia de São Paulo. Um estudo inicial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado no domingo (10) já havia apontado que o The Town movimentou R$ 1,7 bilhão nos cinco dias de festival. No levantamento do Observatório de Turismo e Eventos fica mais visível o impacto econômico apenas dos turistas, que foi de R$ 218,8 milhões. Em média eles ficaram na cidade por 3,4 dias e gastaram R$ 1.627,21 – sem contar com o valor dos ingressos.

O The Town atraiu pessoas de todos os lugares mas, principalmente, do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Para os visitantes, as principais qualidades da capital paulista, excluindo o The Town, são a gastronomia, o comércio e as opções culturais e de entretenimento.

A maioria do público (55,4%) tinha entre 18 e 29 anos e o transporte público foi a maneira mais utilizada para chegar a Interlagos: 50,8% utilizaram o trem.

No quesito “infraestrutura montada”, os itens que tiveram notas mais altas foram “sonorização”, “segurança” e “limpeza do Autódromo”, todos citados como positivos por mais de 90% dos entrevistados. Para os que já conheciam Interlagos, os itens que mais chamaram a atenção foram a instalação do gramado sintético, apontado por 71,9%, o relevo alterado pela terraplenagem (40,7%) e as torres de som e iluminação (31,7%).