Com a alta temporada do hemisfério norte se aproximando cresce o número de passageiros nos aeroportos. Mesmo com as preocupações com voos atrasados, aumento das tarifas aéreas e congestionamento, os viajantes pretendem voar mais do que nunca. A informação é do resultado preliminar do relatório de Insights em TI para Passageiros – 2023, da Sita.

Os dados, que foram divulgados nesta terça-feira (28), revelaram que a ansiedade em torno dos cancelamentos de voos foi citada por 32% dos passageiros ao reservar sua próxima viagem. Quase dois em cada dez passageiros citaram preocupações com o congestionamento no aeroporto e apontaram para alta das tarifas aéreas. Essas impressões foram geradas pela experiência do ano passado, em que 56% dos entrevistados disseram ter sofrido atrasos ou cancelamentos e 48% longas filas nos terminais.

No entanto, viajar continua nos planos dos entrevistados. Em média, esperam fazer 4,7 voos este ano, em comparação aos 4,2 voos em 2019. Esses dados foram impulsionados, principalmente, por passageiros frequentes. Os que planejam mais de 10 voos avançaram de 6%, em 2019, para 10% neste ano.

“É encorajador para nossa indústria que os passageiros queiram viajar, e de forma mais qualitativa, levando em consideração alguns dos desafios que os aeroportos e as companhias aéreas experimentaram com o congestionamento no ano passado. Não podemos ignorar o fato de a experiência global das viagens aéreas ser um elemento essencial na tomada de decisão dos passageiros. Com os viajantes indicando uma clara intenção de viajar mais em 2023, o setor está bem instruído a entender suas preocupações, por exemplo, com o aumento da automação”, ressalta David Lavorel, CEO da Sita.

Segundo Lavorel, as pesquisas anteriores da SITA indicaram que os CIOs de aeroportos e companhias aéreas estavam considerando impulsionar a transformação digital. A expectativa é que os investimentos com TI do setor continuem em crescimento anual constante, que desde 2020, apoiando a digitalização e a automação. No ano passado, os gastos com TI de companhias aéreas e aeroportos subiram, respectivamente, para cerca de US$ 37 bilhões e US$ 6,8 bilhões.


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