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Em mar agitado ninguém vem velejar

As considerações, que aqui seguem, parecem fazer parte do que comumente chamamos de “óbvio ululante”, uma verdade, ou algo similar, sobre a qual a lógica vulgar nos leva à mesma concordância: uma constatação que não merece ponderação aparente ou antagonismos na sua própria análise. 

Existem certas situações que tendem, na maioria das vezes, a nos afastar da concretização e/ou da efetivação das mesmas, tais como, a vontade de ir a um estabelecimento a fim de escutar música e dançar, onde há arruaças constantes entre os seus frequentadores; velejar em um mar bem agitado ou, mesmo (e é neste contexto que gostaria de dedicar esta coluna), o desejo de alguém viajar (e estou, aqui, me referindo às viagens de lazer) para um núcleo e/ou um destino que, mesmo que, temporariamente, apresente algum aspecto negativo no que tange à sua segurança (e, naturalmente, à segurança ou bem estar dos seus familiares e/ou acompanhantes): epidemias, pandemias e/ou surtos epidemiológicos (peste, Covid-19, dengue, etc); greves, revoluções, tumultos e manifestações de quaisquer espécies (de cunho político ou outro); terremotos, maremotos, ciclones ou furacões (tempestades, tsunamis, abalos sísmicos, etc); ondas climáticas adversas (excesso de frio ou calor); desordens e violências urbanas aparentes (mesmo se essas acontecerem nas cidades mais maravilhosas deste planeta) e, é claro, guerras ou conflitos regionais que poderiam colocar em risco e/ou afetar a tranquilidade necessária e ansiada na realização de sua visita.

Não vejo ninguém, nesta data, com vontade sincera de visitar a Ucrânia, a Terra Santa, a Síria, o Líbano ou outros países/regiões repletas de turbulências, brigas, bombas e mortes. Circunstâncias adversas, definitivamente, afastam passageiros e turistas. Viagens que tem como principal motivo o lazer (mesmo em casos da participação em eventos quaisquer) ou a vontade de passar merecidos dias de férias, todas exigem atmosferas compatíveis para um bem estar, alegre e seguro. 

Que mundo conturbado e que tempos loucos estamos passando (teorias infundadas até chegam a elucubrar que o nosso planeta, em sua dinâmica trajetória ao longo do universo infinito, passa, vez ou outra, através de regiões inundadas por “nuvens misteriosas” que, aparentemente, influenciam sobremaneira as nossas ações e nos induzem a comportamentos não habituais ou a hostilidades incompreensíveis). Isso afeta, e muito, o nosso turismo que sempre nos prestigiou e nos presenteou com o melhor desta vida: a oportunidade de ter contato com novos povos e outros idiomas, fazer novos amigos, conhecer novas culturas, visitar lugares incríveis, experimentar outras gastronomias, sentir novos ares e vibrar com novas cores, novos ritmos e musicalidades. O turismo nos faz crescer, nos ensina e nos transforma em seres melhores e mais sociáveis, mais solidários, mais compreensíveis e, certamente, mais pacíficos. O mundo precisa do turismo. E o turismo é, sem sombra de dúvida, a indústria da paz.  

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