O turismo comunitário na Amazônia ganha destaque com iniciativas que promovem experiências transformadoras e apoiam comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e seringueiras. Essas atividades não apenas valorizam as tradições locais, mas também contribuem para a preservação da floresta, proporcionando alternativas sustentáveis ao desmatamento e à mineração.
Segundo Solange Barbosa, vice-presidente do Muda! Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável, o modelo de turismo de base comunitária fortalece a identidade cultural e gera renda de forma sustentável. “Particularmente na Amazônia, o turismo comunitário sempre esteve presente e é muito importante para gerar renda para as comunidades, oferecendo uma alternativa sustentável às atividades predatórias, como o desmatamento e a mineração”, destaca. “Mas é imprescindível que ele aconteça com o consenso e protagonismo da comunidade, sem interferir em suas atividades diárias.”
Atividades como trilhas, oficinas de artesanato, navegação em igarapés e rodas de conversa permitem aos viajantes conhecerem a floresta por meio dos olhos de seus habitantes. Essa troca cultural promove um turismo consciente e fortalece o vínculo entre visitantes e comunidades.
Entre as experiências destacadas, está o roteiro “Amazônia Fantástica”, promovido pela agência Poranduba. A atividade inclui hospedagem na comunidade ribeirinha do Tumbira, com passeios de barco pelo Parque Nacional de Anavilhanas, trilhas e visitas a malocas indígenas. Já no Uakari Lodge, em Tefé, os turistas têm a chance de explorar a biodiversidade amazônica em uma pousada flutuante gerida por comunidades locais.
Outros roteiros incluem passeios em Alter do Chão com a Vivejar Experiências, visitas à Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, e atividades na Ilha de Cotijuba, no Pará, reforçando o papel do turismo responsável no fortalecimento cultural e ambiental da região.
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