A cidade de São Paulo reafirma seu protagonismo como principal destino para eventos de negócios no Brasil, conforme aponta o mais recente levantamento do Barômetro Eventos B2B, elaborado pela Ubrafe (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) em parceria com a São Paulo Turismo (SPTuris). O relatório destaca um recorde de 8,029 milhões de participantes únicos em 2024, responsáveis por gerar um impacto econômico de R$ 12 bilhões na economia local.
Os dados, que abrangem o período entre janeiro e dezembro de 2024, refletem a força das feiras setoriais e dos congressos como motores do turismo de negócios. As feiras, que representaram 19% dos 1.233 eventos realizados, lideraram a participação com mais de 6 milhões de visitantes, cerca de 75% do total. Os congressos temáticos responderam por 15% dos eventos e atraíram 8% dos participantes únicos, enquanto convenções de vendas e eventos corporativos complementaram o cenário.
Crescimento contínuo e impacto econômico
Em comparação com 2023, os números indicam um salto no impacto financeiro. Embora a quantidade de eventos tenha diminuído ligeiramente – de 1.286 para 1.233 –, o impacto econômico subiu de R$ 11,2 bilhões para R$ 12 bilhões. O levantamento aponta que 70% dos visitantes são moradores do estado de São Paulo, responsáveis por R$ 3,1 bilhões em movimentação financeira. Já os turistas de negócios, vindos de outros estados e países, geraram R$ 8,9 bilhões, quase três vezes mais.
De acordo com Paulo Octávio Pereira de Almeida, diretor-executivo da UBRAFE, “historicamente não vimos nada igual aos resultados de 2024. A adesão aos eventos de negócios presenciais tem sido extremamente positiva e está comprovando que este tipo de evento é uma excelente alavanca de desenvolvimento econômico para as cidades que os recebem”.
Eficiência e potencial nacional
Além de movimentar o setor de hospitalidade, os eventos promovem maior eficiência no relacionamento empresarial. Feiras e congressos permitem reunir clientes e fornecedores em um único espaço, reduzindo a necessidade de deslocamentos adicionais. A UBRAFE também trabalha para expandir o Barômetro, que atualmente reflete os dados de São Paulo, para uma abrangência nacional nos próximos anos.
“O impacto total ainda é subestimado, pois os números não incluem investimentos em montagem de stands e geração de negócios diretos”, explica Paulo Ventura, presidente da Ubrafe. O levantamento reforça a importância das feiras de negócios como impulsionadores estratégicos para os setores econômicos, consolidando São Paulo como referência nesse segmento.
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