A prática do bleisure – viagens que combinam compromissos profissionais com momentos de lazer – tem ganhado destaque no cenário de viagens corporativas brasileiras. Com o aumento da flexibilidade proporcionada pelo trabalho remoto e agendas menos rígidas, os colaboradores estão aproveitando as viagens de negócios para incluir experiências culturais, descanso e atividades de bem-estar, reforçando a busca por equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

De acordo com o levantamento Tendências para viagens e despesas corporativas em 2025, da Paytrack, plataforma de gestão de despesas e viagens corporativas, a adoção dessa tendência está em crescimento no Brasil, acompanhando o mercado global, que deve movimentar mais de US$ 730 bilhões até 2030.

“As empresas estão percebendo que oferecer flexibilidade nas viagens não é apenas um diferencial competitivo, mas também uma ferramenta estratégica para aumentar o engajamento e a satisfação dos colaboradores”, afirma Edson Gonçalves, fundador e vice-presidente de Produtos da Paytrack. Os dados mostram ainda que esse tipo de viagem pode ser decisiva no comportamento dos colaboradores. Cerca de 44% dos profissionais afirmaram já ter recusado viagens corporativas que não permitam tempo para lazer (bleisure). Por outro lado, 55% consideram que combinar momentos de lazer às viagens de trabalho melhora o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Além disso, entre os que adotam essa prática, 78% apontam que as experiências híbridas agregam valor às suas atribuições no trabalho e aumentam a produtividade. “A flexibilização das políticas de viagens reflete uma mudança no comportamento das organizações, que agora enxergam essas iniciativas como aliadas para reter talentos e promover um ambiente mais saudável e produtivo”, completa Gonçalves.

Tecnologia promete ser aliada

Segundo o levantamento, a adoção de ferramentas tecnológicas tem ajudado as empresas a gerenciar melhor essas demandas. Soluções digitais que integram despesas, adiantamentos e planejamento de viagens permitem mais controle e transparência para as organizações, ao mesmo tempo em que oferecem autonomia aos colaboradores.

“Estamos observando que a tecnologia desempenha um papel central nesse movimento, ajudando as empresas a se adaptarem às novas exigências do mercado e a implementarem mudanças de forma eficiente”, conclui Edson.