O Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), apresenta movimentação de R$ 9,5 bilhões no setor em outubro, o que representa crescimento de 45,9% em comparação com o mesmo período de 2021 e de 1,5% em relação a 2019, e comprova que o mercado segue em sua trajetória sólida de expansão.

No acumulado de 2022, de janeiro a outubro, o faturamento registrado foi de R$ 76,6 bilhões, pouco mais que o dobro do mesmo período do ano passado, que chegou a R$ 38 bilhões. Ou seja, houve movimentação de mais de R$ 38 bilhões pelas empresas junto a companhias aéreas, locadoras de veículos e meios de hospedagens, entre outros fornecedores.

O estudo também destacou que ainda em um mês, o crescimento foi importante para mostrar a solidez não só da recuperação, mas da superação dos gastos com viagens de negócios e eventos. Porém, também destaca que parte desse volume não está ligado ao aumento do número das viagens e eventos em si. Desta forma, com os custos mais altos, as organizações estão analisando diversas estratégias para continuar realizando seus negócios e eventos face to face, mas sem ultrapassar o orçamento.

O LVC ressalta que esse cenário é causado por uma série de fatores como aumento dos itens relacionados a viagens e eventos em razão da inflação local e global, pandemia, falta de mão de obra, guerra da Ucrânia com as rupturas das cadeias globais de abastecimento, desencadeando um problema econômico mundial de escalada de preços.

“Entendo que em 2023 manteremos esse crescimento favorável e voltaremos a viajar em patamares como os de 2019 e talvez até acima, pois os número indicam uma variação muito pequena na comparação de outubro/22 com outubro/19″, ressalta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da Alagev.

Próximo ano

Para o próximo ano, as empresas já refizeram o seu planejamento com um orçamento mais alto ou impondo mais condições para a realização de viagens e eventos. Essas decisões têm sido tomadas diante da falta de clareza sobre a inflação futura. A tendência é que os preços das passagens aéreas continuem bastante elevados. Assim, haverá maior seletividade por parte dos gestores.

“2023 tende a ser um ano de busca por soluções alternativas que preservem as viagens de negócios, porém ponderando e incluindo na equação a agilidade das reuniões online e o peso da elevação dos preços no orçamento anual. Soluções que excluam viagens aéreas, aumentando, por exemplo, a demanda por hotéis e destinos acessíveis usando ônibus e carro podem ter destaque especial”, comenta Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP.


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