Após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretar a falência da Itapemirim Transportes Aéreos (Ita), em julho deste ano, a Justiça de SP suspendeu o pedido de falência nesta terça-feira (22). A companhia suspendeu todas as operações na véspera do Natal de 2021 de forma repentina.
Na última sexta-feira (18), o desembargador Azuma Nish suspendeu o pedido de falência proposto pela empresa Travel Technology Interactive do Brasil Soluções em Software Ltda. Segundo Nishi, as alegações apresentadas pela empresa, como problemas no envio de citação para defesa, são plausíveis, e manter a falência poderia acarretar em dano irreparável para a companhia.
As empresas de ônibus do Grupo Itapemirim não fazem parte do processo e, atualmente, as linhas são operadas em forma de arrendamento pela companhia Suzantur, empresa de ônibus do ABC Paulista.
Saiba mais sobre o lançamento e a suspensão das operações
O grupo já demonstrava interesse em ingressar no setor aéreo desde julho de 2017, quando anunciou a compra da Passaredo (atual Voepass Linhas Aéreas). Em setembro do mesmo ano, a compra foi cancelada porque a empresa teria descumprido condições estabelecidas em contrato.
Somente em maio de 2021, o Grupo Itapemirim lançou sua companhia aérea, mesmo com a recuperação judicial da Viação Itapemirim. Em 2020, a empresa já havia contratado cerca de 600 profissionais, entre pilotos, copilotos, técnicos de aeronave e comissário de bordo.
Com poucos meses de operação, em dezembro de 2021 (sete meses após seu lançamento), a Ita suspendeu todas as suas operações, deixando milhares de clientes sem atendimento. Na época, a empresa aérea afirmou que a suspensão era temporária e estava ligada a reestruturação interna e necessidade de ajustes operacionais.
Mas, a verdade é que a Itapemirim enfrentava alguns problemas, como atrasos de salários e de benefícios de funcionário e dívidas com fornecedores. O Grupo faliu em 2022, devendo R$ 253 milhões a credores e cerca de R$ 2,2 bilhões em tributos.
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