A temporada 2021/2022 de cruzeiros no Brasil já tem data para retornar: 7 de março. A autorização veio por meio de uma portaria do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial da União, na sexta-feira (25).

Assim, com a nova resolução ministerial, os navios Seaside, Splendida e Preziosa, da MSC, e Diadema e Fascinosa, da Costa Cruzeiros, poderão retomar os roteiros no litoral brasileiro. Contudo, as embarcações continuam a cumprir a suspensão anterior até 4 de março.

Dentre as regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde para o retorno das navegações estão a prestação obrigatória de assistência médica de viajantes com sintomas ou confirmado com covid-19, o estabelecimento de protocolos de evacuação, caso necessário, e de medidas para minimizar os impactos no sistema público.

Além disso, ficará a cargo das armadoras realizarem a quarentena dos viajantes com suspeita (que devem informar voluntariamente caso tenham sintomas) e informar o Ministério sobre os casos registrados.

O início das suspensões dos cruzeiros

Suspensos desde o dia 4 de janeiro, os cruzeiros no Brasil sofreram um forte baque com as interrupções devido a um surto de infecções por covid-19 a bordo de um navio, ainda em dezembro de 2021. Os casos fizeram a Anvisa entrar em cena e ancorar as embarcações.

A Clia Brasil, representando a MSC e a Costa, sempre estendia o prazo de retomada em cerca de duas semanas quando estava próximo de expirar, em decorrência das negativas do governo para o relaxamento das regras. Na época, nem mesmo o apoio do Ministério do Turismo foi suficiente para reverter a suspensão.

Assim como relatado na edição anterior do Brasilturis Jornal, a Clia Brasil apontava que o país seguia o fluxo contrário à correnteza em que os cruzeiros de outros países navegavam. Com o avanço da vacinação em escala internacional, muitos itinerários já retomam suas operações normalmente.

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmou que cruzeiros teriam até o dia 18 de fevereiro para optar por continuar ou sair do programa de orientações e protocolos de segurança à indústria de cruzeiros.

Austrália ainda ancorada

No entanto, nem todo o mundo se encontra mergulhado num mar de rosas: Greg Hunt, ministro da Saúde da Austrália, afirmou que o país estenderá o congelamento da temporada regional até 17 de abril, adicionando dois meses ao prazo original de fevereiro.

A razão, justifica Hunt, gira em torno de preocupações envolvendo a variante Ômicron e o que aparenta ser uma nova onda de casos de covid-19 na Austrália.

A situação ainda se agrava pela resistência do governo australiano a colaborar na criação de soluções de curto e longo prazo em conjunto com a Clia Australásia. Assim, o país é um dos únicos que seguiu as rígidas medidas adotadas pelo Brasil com os cruzeiros.